domingo, 17 de fevereiro de 2008

A Procissão de Sarah Afonso



Lembrei-me da Procissão do grande António Lopes Ribeiro.

Por acaso sabem como surgiu?

Este poema nasceu como homenagem a um quadro de Sarah Afonso que se chama Procissão.

Não tem por referência visual uma procissão, mas sim um quadro daquela pintora. Está na Gulbenkian e além de ter um riquíssimo colorido, parece real. Digno de ser visitado.

Cá vai.


Tocam os sinos na torre da Igreja Mesmo na frente marchando a compasso

Há rosmaninho e alecrim pelo chão De fardas novas vem o solidó

Na nossa aldeia que Deus a proteja Quando o regente lhes acena com o braço

Vai passar a procissão. Logo o trombone faz pó pó pó.

Ai que bonitos que vão os anjinhos Com o calor o Prior vai aflito

Com que cuidado os vestiram em casa E o povo ajoelha ao passar o andor

Um deles leva a coroa de espinhos Não há na aldeia nada mais bonito

E o mais pequeno perdeu uma asa Que estes passeios de Nosso Senhor.

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2 Comentários:

Blogger alcinda leal disse...

Adoro a procissão que o grande Vilaret imortalizou com a sua maneira genial de declamar!
Gostei também muito de saber a sua origem! E assim se vê a utilidade dos blogues... vamos aprendendo e ensinando alguma coisa uns aos outros! Bjs

17 de fevereiro de 2008 às 18:10  
Blogger biabisa disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

18 de fevereiro de 2008 às 16:19  

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