Dia da Poesia

DE: JOÃO FERNANDES MASSANO
( O poeta alfaiate)
Postal dos Açores
BELEZAS NATURAIS ! Que paz Luísa !
Ante um quadro tão belo dos Açores
com hortênsias azuis e de outras cores
um Paraíso intacto se divisa!
A minh'alma anda triste e bem precisa
de um sítio assim p'ra me tirar as dores ...
Pudesse eu desfrutar desses favores
sentir o clima, o sol, a luz, a brisa ...
De vez em quando, tu, pelos nove lotes
vais ouvir os cagarros, cachalotes ...
Eu não posso, estou longe! mas prometo
inspirar-me na voz do nosso Atlântico
e oferecer-te, porque sou romântico,
um pássaro de fogo, o tal soneto. 1998.08.04
Ainda do mesmo autor
VOZES QUE SE MOVEM
Luísa, sinto o sonho errante como um rio
nas margens de uma flor vivaz que se reparte
Em vozs que se movem ... quero dar-te
nesta canção de afecto que te envio.
O rio corre para um mar de olhar vazio
e eu miro o céu em direcção a Marte
a lua clara acalma o meu enfarte
que me traz a vida presa por um fio.
Hoje, ( dia de Reis) pensei em ti.
relendo alguns dos teus artigos, eis
como na luz dos magos tu persistes.
Por isso o teu perfume segue pela
linha brilhante da longínqua estrela.
Hoje não houve em mim nenhumas vozes tristes!
DE: LUÍSA DE ANDRADE LEITE
ANQUINHA DE MORINGA
Tem anquinha de moringa, a minha terra mulata
quando rola o corpo e ginga por batucar numa lata.
filhinha de negra branca carrega na anca o filho
embala o filho na anca e bate o pé no ladrilho.
DE: Mª LAURA MADEIRA
RUMORES DE MIM
Andam rumores de mim na Primavera
Rosas de sangue a divagar, serenas
Gotas de orvalho tímidas, pequenas,
tapetes de erva e trepadeiras de hera.
Andam rumores de mim na Primavera
Aromas soltos pela noite baça
Pétalas frias, folha que esvoaça
Licor de luz, rotinas de quimera ...
Asas verdes fremindo em cada arbusto
Raíz na terra funda e obstinada
Taça de seiva livre e derramada ...
E eu aqui ...entre o anelo e o susto
Olhando à minha volta inerte esfera
Oiço falar de mim na Primavera.
E, por último, FERNANDO FABIÃO
INÍCIO
Dos teus olhos vejo o mar
recolho a cinza dispersa das estrelas
o olhar desguarnecido das aves.
Sustento o mundo ao ritmo das tuas ondas
E a tua voz é um rio frágil
uma canção tão breve que só as aves conhecem.
Dos teus olhos vejo o mar...
Etiquetas: poetas
1 Comentários:
Gostei muito, muito de todos os poemas de poetas incógnitos , como lhe chama! Eu conheço alguns deles.
Não conheço o poeta alfaiate mas gostei da sua poesia.
Obrigada por nos oferecer uns bons momentos.
BOA POESIA ,BOA PÁSCOA!
Bjs
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial