segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

poesia

De autor desconhecido

SONHO DE NATAL

Nas lajes de uma nave fria
Em noite de Natal adormeci
Música diáfana subia
Paz de Natal descia sobre mim.

Não tinha aconchego nesta vida
Só cardos se espalhavam no caminho
Não tinha lar nem lume nem calor.
E numa prece muda de fervor
Juntei as mãos vazias de carinho.

No presépio a Virgem sorria-me distante
“Senhora, que tendes para dar ao caminhante
tão cansado, tão roto, tão faminto ?”
A luz da estrela refulgiu mais forte
Nova directriz, um novo norte ...
E ao inclinar seu rosto divino
Murmurou: “Estou cansada, ajuda-me!”
Estendeu os braços e depôs nos meus
O corpo rechonchudo e róseo do Menino.

Cumpriu-se o sonho dessa noite branca
E aqui estou eu, seguindo o meu destino
Às ordens da Senhora.

Em cada criança que tenho que ensinar
Vejo o Menino que tenho de embalar
Enquanto for descansar a sua Mãe.

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