terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Recordações de Infância

Bibes de folhos, um chapelinho, cabelos presos num laçarote, apertando nos braços com muita força, um boneco de celulóide. Fingia, às vezes, que o passeava numa cadeirinha de madeira, imitava o seu choro, fazia biberons ... de faz de conta eu era mamã verdadeira. Quando o esquecia, saltava à corda, ou subia bem alto no meu baloiço, procurava bichinhos no meu quintal, guardava as pedrinhas dentro de um bolso.
Que saudades tenho desse tempo!
Ia com a avó à quinta, sempre a pular. Roía uma cenoura acabada de arrancar, caía na presa de água por não sossegar, até as picadas da abelha são p'ra recordar. Subia às pereiras, colhia fruta, sempre com os adultos a ralhar, subi a um marmeleiro, colhi marmelos, não fui capaz de me de lá tirar. Brincava de jantarinhos, imitava minha mãe com seus sapatos, punha cremes e pó de arroz na cara, pintava os lábios, era feliz.
Tive uma infância feliz, por isso mesmo a recordo, fiz sempre tudo o que quis, até com brinquedos de corda.
Hoje sou o que quis ser, pois às bonecas dei aulas, com os meus alunos brinquei, com eles sempre fiz gala.

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