sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Voluntariado

AMIZADE
VOLUNTARIADO? Não, muito obrigada.
Como já depreenderam, sou completamente contra qualquer tipo de voluntariado, enquanto houver tãoãoãoão grande taxa de desemprego jovem no meu país.
Para mim a palavra voluntariado só faz sentido nas amizades e convívios entre gentes. Como é possível que tanto se desresponsabilizem as empresas e o Estado, esquecendo os próprios cidadãos portugueses!
Não faço voluntariado, não faço, não faço e pronto. Bem basta que seja obrigada a ser empregada, de quem não conheço minimamente. Mesmo assim rodeio a coisa e procuro não sê-lo.
Nas estações de serviço, se forem self service, saio do meu carro e procuro alguém que me sirva. Engraçado, que, servindo-me, procuram sempre ensinar-me a colocar gasolina no meu carro. Finjo não entender e continuo sempre a fazer a minha vontade. Não sou empregada das gasolineiras, nem dos seus proprietários. "NÃO PONHO GASOLINA NO MEU CARRO"! Esta gente não coloca empregados, porque os pobres consumidores que já pagam os combustíveis a peso de ouro, fazem voluntariado com todo o gosto, esquecendo que têm, em casa, os jovens familiares sem trabalho, sujeitando-os a procurar aquele emprego fácil que não dignifica ninguém, mas que é muito, mas muito rentável e que, embora não gostem de viver de consciência aos pulos, é o que mais depressa encontram e os familiares não se importam de concorrer para isso. Estarei a pensar mal?
Há outros tipos de voluntariado que ainda não consegui retirar de cima de mim: A leitura do contador da água e mandá-la, ou levá-la à empresa que nos vende a água mais cara do país. Até isso o pobre consumidor tem que fazer pagando do seu bolso, quando há tanto desemprego ! Não se esqueçam dos lucros brutos auferidos por esta e outras empresas.
Entrei há tempos numa loja enorme de pronto a vestir internacionalmente conhecida e colocada num enorme centro comercial e deparei com o seguinte:
Apenas existia uma funcionária na caixa. As pessoas serviam-se, experimentavam, pagavam e saíam. Eu, como sou pequena de estatura, não consegui retirar o cabide da peça pretendida, para a experimentar. Dirigi-me à caixa e pedi ajuda, a funcionária respondeu--me que não podia sair dali e fiquei sem poder comprar, ali, o que pretendia. Não tinha um escadote para subir e não fiz voluntariado. Continuo a dizer que não sou empregada da loja, mas há muita gente que gostaria de o ser com certeza. E por aí a fora... Que este meu artº sirva ao menos para despertar consciências e deixarmos de ser tão parvos.
De qualquer maneira, sei que há quem goste de o fazer e o faça. Mas quando isto acontece perante pessoas adultas que são seniores, mas não são parvas, façam-no, mas com consciência e bem feito, porque esses adultos, com certeza, pagaram para serem bem atendidos.

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