domingo, 29 de junho de 2008

O último dos santos populares

Basílica de S. Pedro
Altar da Basílica de S. Pedro



S. Pedro O Pescador
Padroeiro da terra onde vivo e 1º Papa do Cristianismo
Isto é apenas um pouco do muito belo de Roma. (Já há saudades).



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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Itália Veneza

Gôndolas e passeio pelos canais





Veneza
Fotos de Fonseka
Cheguei feliz mas ainda estou cansadita e sem cabeça para contar.

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S. João




Nenhum santo é menos santo
por estar numa cascata
que um pobre ergueu com encanto,
num simples bairro de lata.
Meu amor teu alho porro
namora o meu mangerico
quando se beijam sem gorro
que sobressaltada fico.
Que bom esse ar de zangada
porque, amor, uma fogueira
quanto mais for arejada
mais depressa faz braseira.



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sábado, 14 de junho de 2008

Passeio de Sto António

Saíra Sto António do Convento a dar o seu passeio costumado
E a decorar num tom rezado e lento um cândido sermão sobre o pecado.

E andando, andando sempre, repetia o divino sermão piedoso e brando
E nem notou que a tarde esmorecia, que vinha a noite plácida baixando.

E andando, andando, achou-se num outeiro com árvores espalhadas
Que ficava distante do mosteiro, uma légua das fartas das puxadas.

Surpreendido por se ver tão longe e fraco por haver andado tanto,
Sentou-se a descansar o bom do monge com a resignação de quem é santo.

Um luar... um luar claríssimo nasceu e num raio dessa linda claridade
O Menino Jesus baixou do céu e pôs-se a brincar com o capuz do frade.

Perto, uma bica de água murmurante juntava o seu murmúrio ao dos pinhais.
Um rouxinol ouvia-se distante, o luar mais alto iluminava mais.

De braço dado para a fonte vinha um par de noivos todo satisfeito.
Ela trazia ao ombro a cantarinha, ele trazia o coração no peito.

Sem suspeitar que alguém os visse, trocaram beijos ao luar, tranquilos,
O Menino, porém, ouviu e disse:

-Ó Frei António que foi aquilo ?

O Santo erguendo a manga do burel para tapar o noivo e a namorada
Respondeu numa voz doce como o mel :
_ Não sei que fosse, eu cá não ouvi nada!

Uma risada límpida sonora vibrou em notas de oiro p'lo caminho.
_ Ó Frei António, ouviste, ouviste agora?
_ Ouvi, ouvi, foi um passarinho.

_ Tu não estás com a cabeça boa! Um passarinho? A cantar assim ?
E o pobre Sto António de Lisboa calou-se, embaraçado, mas por fim...

Córado como as vestes dos cardeais achou esta saída redentora :
_ Se o Menino Jesus pergunta mais, faço queixa a sua Mãe, Nossa Senhora.

E, voltando-lhe a carinha contra a luz e contra aquele amor sem casamento,
Pegou-lhe ao colo e acrescentou :
_ Jesus, são horas !
E abalaram p'ró convento.


Poema de Augusto Gil que não sendo da Guarda lá viveu muitos anos. Lá escreveu muitos poemas, entre eles a célebre BALADA DA NEVE.

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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Jantar de Sto António







Já queimei esta alcachofra
na fogueira a saltar
Sto António não me deixes
não me deixes, não me deixes,
não me deixes por casar.
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Ó meu rico Sto António
Salta daí vem bailar
Come connosco sardinhas
come connosco sardinhas
Com pimentos a estalar.
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Num copo de vinho tinto
eu beijei o meu rapaz
guardai-o meu rico santinho
guardai-o meu rico santinho
vede lá se sois capaz.

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Sto António


Sto António


Gosto muito desta imagem. Além de Sto casamenteiro, é um santo muito popular e alegre. À volta dele e sobre as meninas com vontade de casar, contam-se imensos episódios engraçados.


1º Em tempos longínquos conta-se que a imagem de Sto António era construída com um Menino solto do próprio santo. Nas noites de 12 para 13 de Junho e como as igrejas não fechavam, havia meninas que se dirigiam à Igreja, tiravam o Menino à imagem, enquanto que prometiam ao santo devolvê-lo no dia do casamento. Muitas vezes não havia casamento e o Menino não voltava à imagem. Após tantos desaparecimentos, a Igreja resolveu segurar o Menino de enconto ao peito do Santo.


2º Outras jovens havia que nessa noite colocavam o santo de pernas ao ar, prometendo pô-lo na posição erecta logo que as casasse. Pobre santo!


3º Outras rezavam trezenas, sempre pedindo marido ao santo. E atando-lhe os pés com uma fita de seda "obrigavam" o pobre do santo a não sair do altar enquanto as não casasse.


Num vaso de mangerico


entreguei meu coração


Fiz minhas pazes contigo


Rezei-te uma oração.


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Ó meu rico Sto António


Dá-me cá a tua mão


Vem saltar uma fogueira


Comer sardinha no pão


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domingo, 8 de junho de 2008

Feira do Livro







Na Rota dos Livros
No Paradisíaco Espaço do Parque Eduardo VII tornou a abrir ao público, a já tão tradicional, Feira do Livro. Com um tempo muito agradável apeteceu-me ir até lá. Normalmente e como adoro ler, aproveito uns precitos um pouco mais acessíveis e compro um monte de livros para ler em férias. Vesti um fatito de treino, boné na cabeça, uma pequenita mochila para os tostões, água e umas bolachitas e aí vou eu.
Está mais pequena a nossa Feira, menos expositores, mas mais editoras. Deve ser uma coisa muito rentável, já que proliferam como cogumelos. É aí, no meio delas, que começo uma viagem de procura, por catálogo, daquilo que quero e onde sei que encontro. E lá me vou enchendo fisícamente, porque, intelectualmente, há-de ser noutros dias. E resolvi acabar o passeio, porque dei conta do meu cansaço, porque farta de livros, nunca estou. Sentei-me um pouco recuperando forças para regressar e comendo uma língua de sogra que em tempos era bolacha americana, já que as que tinha levado há muito que tinham acabado. Bebi água e pus os pés ao caminho. Cheguei cansadita, mas feliz. Os livros e o meu Blogue são os meus melhores amigos.

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quinta-feira, 5 de junho de 2008

E agora ...

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