sexta-feira, 25 de julho de 2008

passeando

Chucha-mel muito cheiroso
Fotos de Fonseka

cevadilha rosa

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quarta-feira, 23 de julho de 2008

oferta

Entendi que era a foto. Mas agora veio-me à ideia a música Das "4 Estações" de Vivaldi. Colocar música eu não sei, a foto ficou giríssima. Obrigada.

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caneta

Arranjei uma "pen" de bico amarelo, corpo azul, manípulo e suporte vermelho. Como devem imaginar, bonita e ainda por cima, vejam lá, escreve tão bem!
Seja no que for, o belo é sempre belo aos olhos de quem o conseguir ver, pois já hoje estive numa das maiores empresas bancárias do país, que tem estado em remodelação e cuja estética ou decoração, a meus olhos, é péssima. Mas há gostos e gostos ... E alguns até pecam pela insensibilidade.
Mas voltando ao belo - este também tem que se cultivar, penso eu, de todas as maneiras possíveis. Aprender a ver belo numa frase ou num texto é a mesma coisa que saber descobrir belo numa escultura, num óleo ou quadro com outra técnica, ou naquele que prima, pelo menos, por 4 mudanças por ano, que, no meu entender, nos leva a milhões de milhões de descobertas do belo. Assim queiramos. Porque em tudo a nossa vontade manda e não sabendo dizer "nim", diz directamente "sim" ou "não". Enfrentarmos a vontade dói sempre muito. Essa dôr é contrariedade e ninguém gosta de sofrer.

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terça-feira, 22 de julho de 2008

Foto de Fonseka

O enevoado não deixou fixar o verde destas árvores.


CONSEGUI



E pronto consegui
Consegui a volta ao mundo envolta num papelito que era barco
Consegui luz na inteligência ávida de designorância
Consegui vontade onde nada existia
Consegui sonho e ficção pela utopia em que se vive
Pelo tempo que se atravessa
Consegui
Consegui magia por imaginar e poesia por muito amar.

amores

Foto de Fonseka UMA JARRINHA DE AMORES
Tenho na minha sala de estar uma jarrinha de amores.
Cada um representa mesmo um amor. Que trato por "amor" aquele que me parece querer-me bem. É difícil, mas ...
E têm nomes...
Uns parecem focinhitos de gatos, outros parecem muito apaixonados pelo seu tão lindo roxo de olhar amarelinho quase imperceptível; outros ainda são bordeaux aveludado tisnados de amarelo. São os meus olhares, aqueles que, gostando de mim, me sabem bem até criticar.
Ao poder de recurso vou tirando algum já mais passado e colocando outro mais fresquinho. E a jarrita revive de beleza cada vez que se lhe põe nova água fresquinha, se lavam os pés dos amores (senão...hum..hum...hum...) e se voltam a colocar no sítio.
Quero acreditar que ainda sinto bem o amor de alguns alguéns e só assim vou mantendo lindos amores no jardim e na jarra desta minha vida.

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petúnias

Fotos de Fonseka





De carrinho de mão empurro meus sentidos ao canteiro de petúnias dobradas que encontrei.



OS OLHOS (visão), deram-me a conhecer o seu lado botânico, o seu colorido afectuoso, a dobragem da sua corola, a beleza desta passadeira como conjunto. Até o exemplo necessário ao mundo : " A UNIÃO FAZ A FORÇA" que neste caso faz mais original o belo.



AS MINHAS MÃOS (tacto) deram-me a sensação de tecido aveludado e tenro a necessitar pouco que lhes mexam. Tal a sua fragilidade. Até a segurança das suas raízes à terra merece, dos visitantes, todo o cuidado e pouco apalpar.



OS MEUS OUVIDOS (audição) imaginam talvez a célebre "Primavera" suponho que... de Bach que me apetecia inserir aqui, mas que a ignorância me não deixa fazer.



À MINHA BOCA (gosto) apetece-lhe a doçura desse canteiro e molho os lábios onde, por sugestão, eu sinto doce.



O MEU NARIZ (olfacto) sorve o seu perfume tão suave e singelo, quase imperceptível. Por acaso acho que, de tão suave, se perde um pouco pela sobreposição do cheiro da relva fresca acabada de acertar, que delimita o canteiro.



No meu carrinho de mão e pensando num canteiro igual que gostaria de ter no meu jardim, vou carregando e descarregando, na terra utilizada, no adubo necessário, no carinho com que o jardineiro as trata, no efeito obtido, todo o meu sentir.
E abriu-se a minha mente após o descanso do guerreiro.
Hoje desejo cheiro de algumas petúnias em molho plantadas como canteiro.
Hoje desejo, como elas, sorrir ao sol de uma manhã fresquinha cheiinha de luz.
Hoje desejo semear alegria num rosto sério de ilusão.
Hoje e sempre desejo comunicar.

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segunda-feira, 21 de julho de 2008

Brincando


Baptizaram-no de ASUS. Para mim não passa de "toy". É um brinquedo de corda. Não trabalha sem ela, senão experimentem. Este meu toy até que nem é ignorante. Não julguem que me obedece a tudo. Manhoso, às vezes tenho que procurar novos percursos, ou seja, enganá-lo, para me obedecer. Outras vezes foge-me para onde não quero, trata-me por menos letrada e, vejam lá, não consigo educá-lo, nem dar-lhe uma palmada. Desta vez, imaginem, fotografei-o, mas quando quis que figurasse neste espaço, o tipo mandou-me para lá ir a mim. Malandrinho, malandro ! Só me sabe chatear. Mas hei-de tentar para a próxima, não acham? Só visto! Ter como companhia uma coisa (leiam bem) repito, uma coisa que não faz o que lhe mando. Vou tornar a tentar, eu não acredito nisto!
Então fui ou não fui capaz? Ele não pode mandar mais que eu, ora essa!

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Berlengas

"Às vezes no silêncio da noite descubro, afinal, aquilo que sou".
Na imaginação sempre virtual, sempre de ficção, finjo ser o que não quero. Voluntariamente obrigo-me a uma não inserção na sociedade hodierna. Não encontro, nela, espaço para o meu ser. No entanto não me acho grande, gorda ou informe, mas, psicológicamente, maior que muitos, tal o meu enormíssimo "ego". E...
Às vezes é no meio do silêncio que me revejo, mais ou menos, concretamente, muito embora não consiga fazer de mim uma imagem bem definida porque incomportável. E olho em redor ...
E procuro, na convivência,aquilo que me possa fornecer a tal imagem definida. E não consigo divisá-la. E fico assim, assim, assim.

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sábado, 5 de julho de 2008

Carta

Dirigida a todos os que quiserem ler-me.
-

No alvorecer de um novo dia, este bom dia. Estive ontem contigo, mas fica sempre o melhor por dizer. O que nos enche é frequentemente transmitido pelas palavras que tão bem conseguimos trocar. O que nos falta não pode ser expelido porque não existe e muito sofregamente se espera dos outros. Pinto o egoísmo de cinzento porque o encontro muito, sem querer. Por dourado que o pinte, não consigo deixar de o ver cinzento. Na paleta suporto muita cor, mas nenhuma me faz substituir a tristeza que sinto na ausência de solidariedade. Notas o mesmo? Gostaria que me respondesses neste sentido.
Estou confusa e por isso preferi pintar olhando para ti. O global da tela é uma ternura cheiinha de sonhos partilhados, como o são as tuas folhas de escrita. Caracteres atrás de caracteres vais-te revelando como és - uma pessoa cheiinha de tudo. Do que te foi oferecido e do que adquiriste e conseguiste fazer. Mas deixa-me continuar.
Ainda estou longe de sentir melhor teu cheiro, de observar melhor teu rosto, de te desejar assim À minha tela falta ainda tinta e muita luz, preciso de ajuda para que esse colorido não se esvazie. Preciso do ar que todos os dias respiro e me enche os pulmões. Preciso do sol, preciso do cantarolar da chuva e do cantar das aves, preciso de ti. Das tuas palavras tão cheias de tanto, tanto, tanto!
E quero viver de mãos dadas contigo. E quero teu ombro amigo. E quero aquele abraço com que as tintas nos unem. E quero que a Natureza se mostre nas pétalas daquela flor. Entendes-me, não?
Pareço criança brincando aos adultos, pareces a bola com que quero jogar, anseio por tudo sem saber o quê. Dá-me a tua mão! Quero protecção, quero sentir na minha, a tua tão quente alma, quero que partilhes o recheio dessas mãos cheias de tudo que tudo escrevem, com aquelas que tudo pintam por muito amarem.
Que a coisa nenhuma, nenhuma mão encham.
Um abraço.

indefinição


Confronto-me com uma neblina profunda
E dela vejo surgir paisagens de mistério
Que crio em mente e movimento
Em danças macabras de fumos etéreos
De onde surgem gritos, apitos e um sem número
De saltos e pulos, de vida e morte
De fogos fátuos.

Dança-se e rodopia-se num ar de fumos
São figuras pouco nítidas que a imaginação povoa
E tenta levar-nos à imitação.
Elevam-se nessa neblina ondeante e
Crescente para entrar na dança sem música
Incompreensiva e pouco audível
Ou inexistente.

É a vida! De noções cada vez menos concretas
De adivinhação difícil, de sentido
Cada vez menos sentido, da dificuldade
De tudo em todos. Temos que decifrar o
Homem, afastando o nevoeiro em que ele
Cada vez mais está envolto
No que constrói.

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Tem hera


Tem hera
a folha em que te escrevo
sentido as linhas que descrevo
ânimo o branco desvirginado do papel
tem hera
a marca em que escreveste AMO
sentido a ternura despertada
amor o imaculado genético do ser
tem hera
e tem folhas verdes e tem cheiro
aquela madrugada que vivemos
em que fomos um só e tu primeiro
tem hera...
tem hera a vida que despertámos
em ti no teu pequenino ser
na vida enovelada do teu belo nascer.

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Beira mar


Oeste Litoral


Caminhando num qualquer destino incerto de uma pista negra de alcatrão, curvo e descurvo o volante sem sequer divisar quem ou o quê. De repente apeteceu-me curvar à direita e seguir em frente em direcção ao mar. Uma aldeia de casas baixas, rostos inquisidores, velhos ... que não se sentam ao sopé da porta, nem vivem de chave por fora ... e um prédio. Separado do resto por magros 200 metros, dentro de muros, há um mundo à parte dessa gente, um mundo urbano dentro do rural, um grupo incógnito a invadir privacidades e intimidades saloias.

Tudo faria depreender a chegada ao Paraíso. A Serra de Sintra e o Palácio da Pena, as Torres do Convento de Mafra e a reserva da fauna que se vislumbra daquele imóvel, dava a perceber que Deus vivia ali.

A paz era maior que muita, mas ninguém se conhecia. A comunicação humana, inexistente, era substituída pela do vento, do mar, raivoso às vezes, e da chuva.

Pelas arribas procura-se a maresia, a libertação, a ânsia de infinito, o aliviar stress e o purificar físico tão enevoado por poluições existentes em tudo.

Páro num degrau do farol. Como o piso é muito irregular, cansei e tento agora refazer forças. Daqui olha-se o minúsculo cais, tão pequeno e tão sombrio, mas tão visitado. Reparo nas pequenas embarcações que dali partem, nos mais pequenos ainda, habitantes deles, nos arrastos, nas artes, em tudo o que necessitam para partir mar fora.

E vou seguindo, contornando, em direcção ao mar. O meu trajecto é agora através de um "carril" por entre casuarinas, tojos, piteiras e ervas, umas floridas, outras não, com insectos voltejando ou fugindo mas sempre procurando aquele algo de que necessitam. Este é o meu redor. Agora é um cãozito que, quem sabe, me viu pôr um pé na propriedade do dono. Não lhe demonstro medo. Chamo-o, apresento-lhe uma bolacha, acaricio-o e logo tenho um amigo. A sua cauda não pára de contentamento e a expressão do seu focinho quase parece falar. Como continuo a caminhar, acompanha-me um pouco, para logo me abandonar.

- Boa tarde! - dizem-me.

- Boa tarde! - respondo.

E o mar vai puxando seu reposteiro de névoa, que, antes aberto, me deixava sonhar com o interior daqueles porta contentores flutuando na linha do horizonte. Já pouco os vou vendo. O mar vai acabar por puxá-lo completamente. Obrigatoriamente evito a curiosidade que tanto me leva ao sonho.

Feliz, ouço pássaros, gaivotas, seres frágeis pela pequenez, enormes pela sensibilidade, que nos acordam. Alguma vez seria eu capaz de matar uma perdiz?

Se, no prédio, a comunicação é inexistente, se ninguém se revê no outro, como não hei-de abraçar e conviver com os animais que encontro e com quem converso!


Rodei o volante e regressei a casa.

Sentada no sofá, procurei sentir, ainda mais, aquela suave tarde onde o sol foi ouro, o mar esmeralda, os insectos beleza e o cão amor.E fiquei feliz.

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terça-feira, 1 de julho de 2008

3º dia


















FLORENÇA, MONTE LA VERNA e AREZZO


Florença manhã dedicada a visitas na cidade. O Centro Histórico de Florença. Visita à Catedral, à Piazza della Signoria e o Palazzo Vecchio. A Igreja de Sta Cruz e os frescos maravilhosos de Giotto.


De tarde Monte La Verna . Visita a esse importante Santuário franciscano onde S. Francisco recebeu os estigmas de Jesus Cristo. Fica situado num altíssimo ermo em plenos Apeninos de onde se disfruta uma bela paisagem.
Dormida em Arezzo.

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2º dia



Pádua, Bolonha, Pisa e Florença Pádua que os italianos denominam de Padova. Visita à majestosa Basílica di Sant'António, também conhecida como Igreja de Il Santo. Foi construída em 1232 para abrigar os restos mortais deste Santo. Manhã livre.
Bolonha Visita ao centro histórico. A Piazza Maggiore e a Piazza del Nettuno. A Universidade de Bolonha é a mais antiga da Europa.
Pisa Breve visita à cidade situada nas margens do rio Arno. A Catedral, o Baptistério, o Campo Santo e a famosa Torre inclinada.
Um grande comércio de rua e o ouvir língua portuguesa. Virei-me. Era um guineense de Bissau que ali fazia o seu negócio de malas. Bonito!

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