sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Açores fotográfico cont.




Açores fotográfico cont.




Lagoa do Fogo
Furnas S. Miguel

Açores fotográfico


roca de velha




Roca de velha vegetação endémica açoriana
Hortenses Exlibris açoriano
1. Sou feiticeira do mar
2.Da ilha eu sou namorada
3. De feitiço amo o luar
4. E não preciso mais nada.
1. Sou feiticeira do mar
E ao fim do dia à tardinha
Da ilha seu marejar
É poente de velhinha.
2. Da ilha sou namorada
Comprometi-me com ela
Em seus verdes encharcada
Procuro-a sempre mais bela.
3. De feitiço amo o luar
E aquele céu com estrelas;
No roxo deambular
Quero muito conhecê-las.
4. E não desejo mais nada
Com pleno consentimento;
Tenho tudo, sou feliz
Anseio p'lo casamento..
Amigos! Tudo isto são saudades de locais onde fui muito feliz e onde vou, de vez em quando, fazer férias e cantar ao desafio com gente de lá e acompanhados a violas da terra.

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Enamorada observo



à esq. - um pouco de S. Jorge com o ilhéu do Topo.
à dta uma Caldeira em S. Miguel
Vim decifrar o diálogo terra/mar visivelmente perceptível. Entre suposições de vária ordem, o mar, que contínuamente beija e abraça a ilha, tem, por vezes, para com ela expressões de ironia, de sarcasmo e quantas vezes é violência. Mas não se divorciam porque perdoam; porque a terra o compreende de tal maneira que não consegue dele dissociar-se. Aqui, de longe a longe é a terra que se mostra um pouco ríspida e, zangada, também se agita. Nessa altura, o mar acalma-a com a ternura que só dois seres amantes conhecem. E tudo volta ao normal. O casamento mar/terra é abençoado; não tem divórcio. Não é incomodado com a poluição humana e, como a terra, são límpidos de afecto. Vivem abraçados ternamente e, às vezes, o amor é tal, que juntos vão morrendo. As rochas, testemunhas perfeitas desta união, vivem felizes presenciando tão agradável vivência. Às vezes imagino-as gargalhando pelas brincadeiras travessas destes afilhados. Quando entram nos jogos, deixam-se fustigar pelo divino e acham graça quando perdem.
O feltro da sua mesa é uma manta de retalhos multicolor, tecida pela terra com a ajuda do mar. Nem a melhor ou a mais perfeita tecedeira seria capaz de tal fazer.
Se os jogos não são de mesa, então é ver-se o mais bonito relvado na planura infinita de um verde-mar. E a Terra entra pelo mar a dentro, impulsiva, qual fera perseguindo presa que o mar roubou. E o mar entra no interior da terra, cavando, no seu vaivém, a baía de beleza que acaricia a esposa, tímida de afecto. Durante anos esculpem-se e oferecem-se mutuamente para o humano bem estar.
Eu nem dou conta! mas amo o mar, como amo a terra, como amo os astros. E ao amá-los, eu sinto a pequenez dos humildes na humildade dos grandes.
In "CRÓNICAS DE UMA ILHA" 1997

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Espaço

Sequei a chuva com a minha muito grande vontade.
Sequei roupa e saí, que foi o mais importante. Vim observar, uma vez mais e sempre, a Natureza em que vivo.
Começo a estar rodeada de bons cheiros, de verdes frescos, de rebentação ou recriação (sei lá ?) de todos os seres. E porque tudo transformo em belo, começo, vendo penas escuras e brancas, engravatadas, de voos rasantes e simples que se adiantaram já à tão desejada Primavera.
Isoladamente, o colorido lembra luto e tristeza e até que nem é muito agradável. Conjugado com outros tipos de côres, às vezes casa bem no seu conjunto. É o caso . Por isso encontrei belo nessas penas esvoaçantes que não noutras.
1. 2.
Com pena te escrevo a pena que sofro Esta pena branca tornei-a cinzenta
com pena da pena deste meu esforço pois pena eu tenho que ela seja pena
com pena levanto a pena da pena com pena te escrevo a pena que sente
com pena te digo que enfermo de pena aquele que fala da dôr dessa pena.

Os lançados gritos são, além de chamamentos de atenção, chamamento de parceiros (as) para a vida que começa, aqui e agora, no nosso País.
Sorvo a gritaria dos seres aquando da sua proximidade.
Involuntariamente, sorvo a música que me obrigam a ouvir em altos berros, quando apenas me apetece sorver um café adocicado com o mais belo dos belos - Terra/Céu.
Sorvo a paisagem nem sempre muito nítida por alguma humidade matinal.
E o consumismo ... também o sorvo muito, mas muito involuntariamente.
Porque cada ser tem vontade própria, a sua respectiva adaptação para a sociedade, às vezes é bem complicada. Talvez por isso exista nos humanos e, quem sabe, nos outros, uma capacidade enorme de adaptação e conformidade que nos auxilia na vida, quer social, quer vital.
Mas, à parte isso, é bom conhecermos o mundo e tudo quanto nele existe.
E vejam onde cheguei, por uma ANDORINHA.

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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Cinzentão




Como o tempo, também estas borboletas são cinzentas. Hoje nem as há. A Natureza chora copiosamente sem se lembrar que há quem não goste de ver chorar. Deprimo um pouco e tudo quanto possa fazer ou dizer, são estados tristes de alma que se quer alegre como um passarinho.

Nestes dias só me apetece cama e ao escuro. Reajo, porque me ensinaram a fazer um blog, de propósito para trazer para aqui tudo, tudo o que é a minha vida.

Mas quero ver alegria e ouço Bach. Quero sentir-me menos só e ligo a Odisseia com bichinhos selvagens e os seus costumes.

Quero que o cinzentão se vá, rápido, sem demora e canto o Hino da Alegria com as teclas de um piano.


E o cinzentão foi-se, só porque o tornei muito belo.

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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Às vezes


Às vezes desejava apenas um olhar de ternura sobre mim.
Às vezes desejava ver amizade desinteressada em alguém, mas, não sei ... parece-me cada vez mais difícil de encontrar ou então não a sinto.
E durmo ... E acordo ... e é sempre a mesma coisa. Uma terrível monotonia levada ao cúmulo dos cúmulos e que só pode ser visto como disparate. Às vezes desejava ver rosa onde só vislumbro negro. E ...surgem em catadupa milhares de pensamentos e de dúvidas que não consigo resolver ou interpretar, tal a banda larga em que correm.
Às vezes, às vezes concluo que, finalmente, apenas e só sou Mulher.

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Caméliando


Passeando no meu terraço, nem sei que lhes diga, deparei-me com uma profusão de rosas do Japão, nascidas de japoneiras que lá tenho e que trato com algum carinho.
Porque o meu blog me entretem imenso e não vou ao terraço todos os dias, não dei conta da força anímica delas nestes últimos tempos.
Com folhagem carregada de verniz e o seu tão belo e colorido cetim, as japoneiras são um encanto. Como encanto é toda a Natureza. Deliciei-me a observá-las, coloquei-lhes umas estaquitas, para ver se uma rabanada de vento mas não leva, a ver vamos.
E lembrei-me do Parque situado à entrada de Sintra que, de vez em quando visito e que está recheado delas e de cantinhos bonitos, com fios de água fresca que só embelezam e as alimenta. Não fora o péssimo trânsito daquela zona e mais vezes lá iria, mas começo a não ter paciência para certas coisas.
E continuando a caméliar, uma notícia a propósito. A Associação CAMPO ABERTO convida toda a gente através da Net, a conhecer a colecção de camélias com mais de 300 variedades, existentes no Viveiro Municipal do Porto, na Rua das Areias, em Campanhã. É dia 26/02 às 14h e 30m.
A Camélia ou Rosa do Japão entrou em Portugal no início do séc. XIX vinda do Japão e trazida por um portuense muito rico, para decorar o jardim da sua casa. E foi do Porto que se espalhou por todo o país. No Norte, a japoneira tem muito boas condições de vitalidade, devido à muita humidade. No resto do país é menos frequente ver-se, mas na nossa zona também se vai dando.
E cantando, " Camélias tão rubras, tão vermelhas, tão cheias de cetim. Camélias... " me vou andando.

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

amanhecer

Hoje desejei voar atrás de um sonho, como todos - utópico, irreal, mas sonho.
Hoje desejei sentir em poluição atmosférica, a candura dos inocentes, da criança e das aves.
Hoje desejei voar, sentir, amanhecer ...

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Ali


Ali
meu ímpeto vital é fulgor insolente de arbítrio fogo intenso
de quem à vida pede um punhado só ... só um ...
de ideias, de compreensão ... e... de jeito, para ... enfim, respirar.

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

E vivo pensando


Vivo aqui
entre céu e mar e aquela nuvem terna de algodão rosa feita onde
nenúfares faço com mistura de incenso e perfumadas visitas de hibiscos heras e buganvílias.
Vivo aqui
e sinto todo o meu ser de gente altiva.
entre o céu e o mar e aquela terna nuvem rosa
beijo ciúme, abraço minutos e...
continuo aqui.

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Enganei-me na figura que quis colocar aqui e agora não a sei apagar. Embora natal seja todos os dias e o pinheiro seja sempre lindo, não o queria pôr nesta página. mais uma dúvida para apresentar 5ª feira.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Paixão

Ó Mater Dolorosa do Encontro
Ó Mãe das Dôres de teu único Filho
Ó roxo e negro de violetas vestido
MARIA do domingo da Paixão.

De novo na Terra se fez Calvário.
De novo sofres com apertado coração
Teu Filho é crucificado e morto
Teu Filho somos nós em S. João.

Eis-me contigo aos pés da cruz.
Joelhos no chão, olhos em alvo,
Seguindo aquele fio de sangue e pús.

Ó PIETÁ eterna e maravilhosa!
Confundo-me contigo em tua dôr.
Também aqui sofro, também amo Jesus.

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A Procissão de Sarah Afonso



Lembrei-me da Procissão do grande António Lopes Ribeiro.

Por acaso sabem como surgiu?

Este poema nasceu como homenagem a um quadro de Sarah Afonso que se chama Procissão.

Não tem por referência visual uma procissão, mas sim um quadro daquela pintora. Está na Gulbenkian e além de ter um riquíssimo colorido, parece real. Digno de ser visitado.

Cá vai.


Tocam os sinos na torre da Igreja Mesmo na frente marchando a compasso

Há rosmaninho e alecrim pelo chão De fardas novas vem o solidó

Na nossa aldeia que Deus a proteja Quando o regente lhes acena com o braço

Vai passar a procissão. Logo o trombone faz pó pó pó.

Ai que bonitos que vão os anjinhos Com o calor o Prior vai aflito

Com que cuidado os vestiram em casa E o povo ajoelha ao passar o andor

Um deles leva a coroa de espinhos Não há na aldeia nada mais bonito

E o mais pequeno perdeu uma asa Que estes passeios de Nosso Senhor.

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E vou, hoje, à procissão

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Tocano


Este bicharoco tem um comprimento de bico quase maior que o próprio corpo. A sua plumagem é azul escura com uns bocaditos de branco. Vive em terras tropicais, pois detesta, como eu, o frio. Não sei muito mais dele, mas prometo que irei investigar. Suponho, porém, que o seu nome está correcto.

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continuando


Chama-se Inverno e parece uma floresta de branco vestida pela neve e pelo gêlo.
Não gostando muito do Inverno, acho esta paisagem muito linda. Que acham?
Serão saudades da terra onde nasci e onde via destas paisagens? Parece-me que mesmo assim, menos azuis; mas belíssimas, não haja dúvida.

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Vivem nos lagos de algumas das nossas pracetas onde os políticos se lembraram de os colocar. Quando abrem são assim, lindos de morrer. Sei onde os encontro na minha cidade de adopção e quando por lá passo sento-me uns minutos na beira do lago só para os observar. E depois de abrir os olhos para o mundo e de tanta beleza ver, quem porá em dúvida a existência de Deus?

havaiana


Se pudesse, querida, dar-te-ia o mundo recheado de bombons, onde nunca visses mal, desilusões ou infortúnios.
Se pudesse, querida, ensinar-te-ia um hino à vida para o podermos viver sempre e só cheio de flores perfumadas, sorrisos e afectos.
Se eu pudesse, querida, ... ... ...
Ah! Se eu pudesse, querida, como o mundo era belo, azul de ternura com riscos de jactos soltos à amizade humana.
Mas não posso e tenho medo de to entregar, porque tem muito de menos belo que eu não queria que conhecesses.

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Primavera



Este postal significa a vontade que tenho da chegada da Primavera. Este Inverno não tem sido muito mau, tem sido sequinho mas um pouco frio, que é o que me mata. Estou sem luvas e tenho já as mãos a gelar. Anseio pelos verdes primaveris, pelas temperaturas amenas e até pelo cheirinho a terra molhada. Não falando já do romantismo que a época traz.


Até que enfim! Consegui! Consegui! Consegui! Que grande festa!

Batam palmas, batam palmas que já sei mais um pouco.

paisagem


Vim ao CAERO tal a minha ânsia de saber mais. Agora vou só fazer repetições para ver se aprendi.

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sábado, 9 de fevereiro de 2008

Desapareceu ... O sol se foi ...

Num poente de fogo eu me fui deslevantar
Deitei instintos numa nuvem que o sol eclipsou

Ficou o largo mar salgado e eu espelhada nele
Ficou o lume mas frio, ficou o pobre sem ceia

Por luz de azeite fingida ficou o caldo mais frio
Ficou sonho de sereia.

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africando Tan Tã

Tan tã ... Tan Tã ... Tan Tã ...
Batuque longínquo de fúlveo mato

E quebro ...
Tan Tã ... Tan Tã ... Tan Tã ...
Encantadeira de serões, danças nuas

Capulana
Ancas gingando filhos, moringa
De seres - negros, brancos, movediços seios e

Tan tã ... Tan tã ... Tan tã ... Tan tã ... Tan tã ... Tan tã ... Tan tã ... Tan tã ...

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na rota dos namorados 14/02

Na vontade de um abraço ... a distância
que o céu encurta ou alonga em voo
que o destino branco fez ou azul pintou.

No desejo de um abraço ... a distância
que dois braços unem ou afastam num golpe
que de amante era ou vida tornou.

No ímpeto desse abraço ... a distância
que de parouvelar alguém me diz que és tu
que o céu encurta ou me afasta em golpe.

Na veleidade de um abraço
essa distância será traço de união.

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Rabiscos

Risco rascunho e redijo para me sentir eu mesma. De encontro ao papel a mina fará barulho no seu raspar; a caneta desliza. Tenho uma na mão para poder conversar com quem quiser. Gosto de conversar e, em sociedade dou conta, por vezes, de só eu falar expondo as minhas ideias. Sou bastante racional e, como defeito profissional, gosto de procurar o fundo das coisas e analisá-las, à vontade.
- Até parece que os outros não conhecem nem sabem tudo quanto digo!
Julgo-me, por vezes, uma criança. De espírito, até quero ser, mas fisicamente, onde irá a criança? Resistem, no entanto, uns resquícios infantis e, talvez por isso, se diga que "Todos temos uma criança dentro de nós". Nem sempre a reconhecemos, mas sabemos da sua existência no nosso interior.
E risco rascunho tornando a redigir para me sentir eu. Arrepio-me com a aragem e sopro nas mãos. Parecem aquecer. O bafo aquece pouco, mas transmite-nos uma aparente sensação de conforto. Um mimo!
Mas sinto-me reagir perante as coisas, os sons e o movimento que quebram a monotonia de um dia atrás do outro. Risco e rascunhoredigindo porquês de sentimentos e frustrações. Redijo raivas e atiro-as para publicação. Só porque são raivas, que os medos não se publicam, sentem-se e conquistam-se.Não se alimentam; é melhor conhecê-los.
Estou sentada riscando, rascunhando e redigindo meu eu, até ao fim.

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Carn(e) + a + val

Apeteceu-me partir, a meu modo, a palavra Carnaval, procurando, também a meu modo, o significado possível.
Assim, e porque esse domingo também se denomina de "Gordo", todas as pessoas se deverão, querendo, alimentar de carnes. Na Beira é rei o "bucho" que resultou do "Tó" assassinado pelo Natal ou pouco antes e que consiste numa bexiga cheiinha de bocaditos de carne e ossinhos, sêca ao fumeiro. Porque muito bem temperado, esse bucho é muito apreciado nas zonas beirãs e consumido nestes dias. Aliás, toda a gastrnomia desta altura são enchidos. Lembro-me muito bem de comer farinheiros (de pão) assados no forno, morcela (que a da Guarda tem fama) e chouriças assadas em álcool. Também há quem goste de tudo isto cozido.
Depois de falar na "carne" da palavra Carnaval, chego ao "sufixo" val. Porque era preciso folia para depois se entristecer na Quresma, as pessoas davam largas a toda a sua energia, convivendo um pouco mais, ao som de uns, bem ingeridos, goles que originavam a alegria precisa. E, então, apareceria a palavrita "vale" forma de valer, pois também surgia junto com folia o provérbio - NO CARNAVAL TUDO VALE - ou " No carnaval ninguém leva a mal". Tanto um como outro provérbio são certos, mas para a formação da palavra o 1º é o melhor.
Assim fiz entender, a meu modo, a palavra Carnaval. A meu modo, repito, porque não fui pesquisar. Apenas me falta colorir este texto com confetti e serpentinas - porque a côr também é Carnaval. E viva ele ... Pum!

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sábado, 2 de fevereiro de 2008

Na cata de...

Despi as árvores, como criança, na cata de ninhos. Na cata de ninhos de passarinhos. Nada encontrei e resolvi tornar a vestir as árvores, para nelas encontrar o verde calmo e fresco das suas folhas multiformes. Borrifei-as de chuva, sacudi-as com vento e encontrei nelas nervuras certinhas de senso comum. Seriam feias, coitadinhas, se fossem tontinhas.
E brilharam ao sol como que dizendo "bom dia" a toda a Natureza. E tudo acordou e tudo se levantou do torpor silencioso da noite, para um novo iniciar.
E repito o ciclo todos os dias. e faço nudez nas coisas que, depois, terei que desnudar. E satisfaço a minha vontade a procurar a dos outros. Violo algumas, quando gosto e preciso de uma ramagem que grita e sangra à minha bruta violência sequiosa de a ter como parceira. Sento-me com ela em chão de relva. Quase a namoro, quase que a beijo. No meu regaço o calor que sente não é vegetal e muito menos habitual ou conhecido, mas muito confortável.
Sente-se bem, gostamos de nós e vivemos juntas dia a dia.

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