terça-feira, 29 de janeiro de 2008

MERGULHADA

Tomo café mergulhada num verde fresco, calmante e adocicado como quero a bebida. De quando em vez, sorvo, venho ao de cima e respiro. Não borrifo como alguns cetáceos, mas refresco as narinas. O que sinto não é maresia, nem cloro, é um não sei quê de frescura que não decifro. Como estou mergulhada em verde fresco, sinto a pele macia como que hidratada por um belíssimo gel ou creme.
Por vezes este verde é de ilhas atlânticas; por vezes , pelo seu ondear, parece mar, mas o que ali é encarnado, além é pouco colorido ou muito branco. Que o branco é côr, mas clareia as outras desfazendo os seus tons primários. Reparo que nesta monotonia viva de verdes há, aqui e além, tufos de amores perfeitos a contrastar com os visitantes que, de "amor perfeito" já só são amizade e muito afecto mútuo.
Espalham-se gargalhadas e brincadeiras infantis por tudo quanto é sítio. São necessárias à vida nesta faixa etária. Por muito cansada, nem sempre as aprecio, mas sei que são vida e vida qualificada para que o mundo possa continuar a girar. Recheados de alguma crueldade, damos conta que nem sempre respeitam ou conhecem as amizades. São coisas que têm de crescer com eles, à medida que se desenvolvem também.
E, numa manhã de Inverno quase primaveril, como apetece sorver verde, (até porque o Sporting ganhou ao Porto), respirar sol, ouvir música e beber café numa chávena irradiante de negro dourado, mergulhada em verde fresco de esperança.

sábado, 26 de janeiro de 2008

VIAJEI

VIAJEI ... ... pelo que eu chamo "Além".
Transpondo aquilo que barra a passagem aos meus olhos, atravessando, muitas vezes, o virtual, viajo através de ...
Sensorialmente, beneficio do mundo que me ajuda a virtualizar o que existe para "Além". É deste que falo; é este que enche a minha imaginação de coisas que coloco em banco laboratorial, para por fim, analisar. Surgem, então, os átomos e as moléculas versus dúvidas (???) que nem sempre consigo auto-analisar.
E neste laboratório verbal, quase misturo o que, em tubos de ensaio, guardei. Agitando tudo ou mexendo, devagarinho, com varetas, como que por milagre, altero colorido de conteúdo ideológico. De repente há vapores ...
-NÃO RECEIEM ESTA REACÇÃO -
Eu considero-os aves químicas, devido ao que faço. Cheiros não há ... Tudo normal. Acresce a desinformação de comportamentos. Aí também podemos viajar, "virtualmente". Eu e os ocupantes como eu, deste planeta, chamamos-lhe qualquer coisa como psic....... E também poderemos detectar seja o que for em retorta de laboratório.
E apetece-me pensar que sou compreendida e que existem "outros" que vão de encontro ao meu conhecimento, passando pela compreensão exaustiva.
E apetece-me largar a bata branca do laboratório que construí, por desnecessária.
E apetece-me chegar à varanda e colocar tudo num rodízio, para, do laboratório, fazer nascer o meu "Além" por onde tanto viajo.

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Suto Virtual

SUSTO VIRTUAL...Meu Deus!!!

Hoje comecei o dia lavada em lágrimas.
Tinha ido a Lisboa tratar de assuntos quando senti, no carro, como que um despejar de peneu. Encostei como pude, dentro da cidade, e saí do carro para comprovar o que tinha sentido. Atrás do meu, um carro parou, chamando-me e tentando ajudar-me. De repente... e enquanto ouvia o que a pessoa do outro carro me dizia, dou conta do meu bólide se pôr em movimento e desaparecer. Aos gritos e a correr como para o alcançar, eu parecia maluca. Nem era para menos!
Senti-me sedada e sem qualquer poder de raciocínio, andando à toa pela cidade, tarde comecei por cair em mim. Tudo era pouco para me faltar. Mala e consequentemente dinheiro, telemóvel e lista telefónica, qualquer companhia, casaco, tudo enfim.
Completamente em pânico dirigi-me a um senhor que passava, perguntei-lhe se podia falar com ele e contei o sucedido. Vendo-me assim, quase nem me respondeu, levou-me pelo braço a uma esquadra de polícia, onde acordei, lavada em lágrimas, mas deitada na minha cama. Tinha sonhado, ou pesadelado, mas chorava copiosamente tremendo da cabeça aos pés. Que horror!!!

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sábado, 12 de janeiro de 2008

Conversação

Ontem deprimi. Não me acontecia há muito. Não me apeteceu, sequer, ler. Não saí. Não consegui prestar atenção a nada. Mas descobri no jardim umas tantas violetas selvagens, cheirosas e perfumadas. Apeteceu-me tirá-las das plantas para as fazer continuar a viver numa pequena jarrinha do quarto. Intercalei-lhes umas folhas verdes próprias das mesmas. Talvez se sentissem menos sós e pudessem minorizar a contrariedade sentida por serem arrancadas do seu meio ambiente.
Hoje estou de apetites. Não é que me apetece pô-las aqui em figura? Vou tentar retirá-las do ficheiro e copiá-las para aqui. Um momento. Não as encontrei, terá que ficar para a próxima vez, pois sei que as tenho. E até amanhã