segunda-feira, 31 de março de 2008

digital

Que belo colorido! Lembra-me uma Primavera de tons e sons numa fusão giratória de alegre Natureza.

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domingo, 30 de março de 2008

Floral






Neste ramo de rosas vai todo o meu sentir das belezas madeirenses

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fajãs


FAJÃS



As fajãs são as mais belas esmeraldas cravejadas de pérolas nas nossas ilhas. Aí o silêncio é mais que ouro, o vento apenas sussurro, a vida é celestial. Aqui, a fajã é o refúgio dos que vivem diariamente nas cidades e vilas da ilha. Procura-se aí maior acalmia do que a que se vive diariamente onde se trabalha. Preparam-se os mimos torrando o café que se cultiva, saboreando o magnífico inhame que quase espontâneamente cresce e se dá por toda a ilha, corta-se uma banana ao cacho que orgulhosamente as sustenta e vai-se ao banho, partilhando com o mar e o sol a riqueza da terra. E quando se tem forno, coze-se o pão de milho, porque o trigo escasseia, assam-se batatas doces e o peixe acabado de pescar.

É assim a vida nas fajãs.


Eu, habitualmente muito comunicativa, páro para ouvir melhor o que Deus me transmite, através destes seres. A altura da elevação que atrás de mim surge, é a ânsia de quem, cada vez mais, quer viver. De espanto emudeço perante tal beleza, tal paz, tal sentir! Os melros espreitam-me; os pardais auscultam-me pela hora da merenda. Coitados! Esperam pelo manancial caído das nossas mãos e boca, para se deliciarem, como eu, com tal pureza.

E assim


Logo uma pedra em mesa transformada

logo as folhas da vinha justapostas

me servem de toalha.

É saboroso e raro o pão caseiro

acompanhado com figos;

refrescou-os a noite sossegada

e dispensam qualquer pequeno estágio frigorífico.


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Feita de planícies de esmeraldas cheias

aureolada de pérolas, quais habitações,

joalheiro eu fosse, se Deus pudesse ser

e enquadra-te num fundo de emoções.

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Flores























Flores flores e mais flores... Túneis, levadas, quedas de água, enfim. Um sem número de grandes belezas. As hortenses ainda não tinham flor. Mas havia muitas orquídeas , estrelícias e antúrios.

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Madeira




Em cima uma vista panorâmica do Funchal e da sua marina.


Em baixo uma vista saída do Pico do Arieiro.


Cheguei e vivi sobre as nuvens.

A temperatura óptima

A viagem do melhor

Melhor ainda, a gastronomia.



E O PROGRESSO !







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terça-feira, 25 de março de 2008

O meu nome




Nunca gostei do meu nome. E quando em tempos (há 52 anos) uma Profª pediu na aula para escrevermos o que nos sugeria o nosso nome, saiu assim:


O meu nome é uma torrente de água pura e cristalina
O meu nome é a cor fina onde navego contente
O meu nome sabe a mel produzido pela abelha
O meu nome é cor vermelha quando p'ra vida sou fel
O meu nome é cortesia quando cumprimento alguém
O meu nome é simpatia ou sorriso de ninguém.
Sabe a maçã o meu nome, a uma maçã camoesa,
Ou talvez tenha o meu nome cheiro a pêra francesa.
Trago na boca o sabor do agreste do meu nome
Pois se se vive com fome, como pode haver amor ?



Estes 2 últimos poemas, só existem ainda porque a minha saudosa Mãe os guardou. Daqui um beijo de agradecimento para ela.

Recordações de Infância

Bibes de folhos, um chapelito, cabelos presos num laçarote
Apertando nos braços com muita força, um boneco de celulóide.

Fingia, às vezes, que o passeava numa cadeirinha de madeira;
Imitava o seu choro, fazia biberões... de faz de conta, eu era mamã verdadeira.

Quando o esquecia, saltava à corda ou subia bem alto no meu baloiço.
Procurava bichinhos no meu quintal, guardava pedrinhas dentro de um bolso.

Que saudades tenho desse tempo !

Ia com a avó à quinta, sempre a pular. Roía uma cenoura acabada de arrancar,
Caía na presa de água por não sossegar, até a picada da abelha é p'ra recordar.

Subia às pereiras, colhia fruta, sempre com os adultos a ralhar;
Subi a um marmeleiro, colhi marmelos, não fui capaz de me de lá tirar.

Brincava de jantarinhos, imitava a mãe com seus sapatos,
Punha cremes e pós de arroz na cara, pintava os lábios, era feliz !

Tive uma infância feliz, por isso mesmo a recordo.
Fiz sempre tudo o que quis, até com brinquedos de corda.

Depois fui o que quis ser, pois às bonecas dei aulas
Com esses alunos brinquei, com eles sempre fiz gala.

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domingo, 23 de março de 2008

É Páscoa


Porque o som harmonioso destes sinos

me esquecem a Paixão a dor e o luto

p'ra viver Ressurreição,

É Páscoa !

Porque toda a vida se renova

respiro acácia, mimosa ou urze

p'ra viver Primavera,

É Páscoa !

Porque sinto no voar de uma andorinha

reconquista de celestial manhã

p'ra viver madrugada,

É Páscoa !

Porque há noivas, incertezas, risos

desvirginando Natureza

p'ra se viver comunhão,

É Páscoa !

Porque o som dos campanários

anunciando Aleluias

p'ra se viver alegria

É Páscoa !

Porque se canta Ressurreição

Primavera, Madrugada ou Comunhão

p'ra se viver Páscoa !

Aleluia, Aleluia, Aleluuuuia !

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sexta-feira, 21 de março de 2008

Vivo

Vivo num Afganistão de amor. No das aves e das flores, no dos sentimentos. Aí existe um lago enorme onde se banham seres de variadas espécies, onde voam inocências perfiladas ou não, quase militarizadas pela farda.
Também e, obrigatoriamente, porque não é o que melhor gosto de fazer, conheço outros seres diferentes dos 1ºs, pela alma. Talvez até tenham fisicamente mais beleza, mas debaixo dessas carapaças brilham e cultivam-se baixos valores do que aqueles que os dignificariam. Verdade se diga que desconheço até que ponto a palavra dignificação tem o seu próprio sentido. Há uma quantidade de, aquilo a que eu chamo valores, se transformaram, como alguém me dizia; só não conseguiu dizer-me em quê. Continuo sem saber a resposta. Assim:
Em que se transformou a VERDADE ? Transformou-se em quê ? E a AMIZADE ? Transformou-se em quê ? A sinceridade transformou-se em hipocrisia ? Então esta passou a ser um valor moral.
Assim onde colocaremos a ética ? É uma figura de estilo virtual ?
Sem querer escorreguei para um assunto de que não queria falar, por não conseguir chegar a lado nenhum e, não gosto. Pobre inteligência, que nem sempre é longa !
Tudo porque fui obrigada a falar na existência de seres com alma, no meu Afganistão.
Prefiro desconhecimento num país que é o meu, mas no qual nada tenho gratuitamente. Sugaram-me a vida e continuam a sugar-ma, porque ainda me não levaram o tutano. Não tardará, mas, por enquanto, ainda o vou tendo.
Gostaria de poder amar o meu país e rejubilar com o seu Hino e a sua Bandeira, mas não dá. Há muito que sangra e que desconhece os seus filhos, matando-os lentamente.
E vive-se, como pássaro menos livre, num dourado lar de seu exterior, por ser um país de aves, de flores, de cores e de sentimentos. Brilha nele um Sol que quase é gema, mas não creio que brilhe a tão desejada felicidade.
E é dia da poesia. Lembremos os poetas do incógnito. Os incógnitos, porque os outros existem há muito e nem sempre são os melhores.

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dia da poesia


AMAR
No recheio de amor, na calma pacífica e quente das almas
estendo solidariedade
e ...
amo e abraço etnias e gentes
amo e abraço idosos e diferentes
amo e abraço quem me abraça e ama
amo e abraço seres invisíveis
amo e abraço espaço sideral
amo e abraço a água das fontes
amo e abraço os montes e os vales
e o cheiro de ti abraço e amo.
E porque te amo ... e porque te abraço
recheio de amor o meu pouco espaço.

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quinta-feira, 20 de março de 2008

6ª Feira Santa

Ó
Mater
Dolorosa do Encontro!
Ó Mãe das Dores de teu único Filho
Ó roxo e negro de violetas vestido
Maria deste dia da Paixão.
De novo a Terra se fez Calvário
De novo sofres com apertado coração
Teu Filho é crucificado e morto
Teu Filho somos nós em S. João.
Eis-me contigo aos pés da cruz
Joelhos no chão, olhos em alvo
Seguindo aquele fio de sangue e pús.
Ó Pietá eterna e maravilhosa!
Confundo-me contigo em tua dor.
Também aqui sofro, também amo Jesus.

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Dia da Poesia


Vou começar hoje e agora a eternizar poesia no seu dia. Tentarei lembrar alguns poetas amigos que leio e releio de vez em quando, que deixaram a vida em pedaços repartida, mas nunca serão reconhecidos. É que... não têm costas ...



DE: JOÃO FERNANDES MASSANO

( O poeta alfaiate)

Postal dos Açores

BELEZAS NATURAIS ! Que paz Luísa !

Ante um quadro tão belo dos Açores

com hortênsias azuis e de outras cores

um Paraíso intacto se divisa!

A minh'alma anda triste e bem precisa

de um sítio assim p'ra me tirar as dores ...

Pudesse eu desfrutar desses favores

sentir o clima, o sol, a luz, a brisa ...

De vez em quando, tu, pelos nove lotes

vais ouvir os cagarros, cachalotes ...

Eu não posso, estou longe! mas prometo

inspirar-me na voz do nosso Atlântico

e oferecer-te, porque sou romântico,

um pássaro de fogo, o tal soneto. 1998.08.04

Ainda do mesmo autor

VOZES QUE SE MOVEM

Luísa, sinto o sonho errante como um rio

nas margens de uma flor vivaz que se reparte

Em vozs que se movem ... quero dar-te

nesta canção de afecto que te envio.

O rio corre para um mar de olhar vazio

e eu miro o céu em direcção a Marte

a lua clara acalma o meu enfarte

que me traz a vida presa por um fio.

Hoje, ( dia de Reis) pensei em ti.

relendo alguns dos teus artigos, eis

como na luz dos magos tu persistes.

Por isso o teu perfume segue pela

linha brilhante da longínqua estrela.

Hoje não houve em mim nenhumas vozes tristes!

DE: LUÍSA DE ANDRADE LEITE

ANQUINHA DE MORINGA

Tem anquinha de moringa, a minha terra mulata

quando rola o corpo e ginga por batucar numa lata.

filhinha de negra branca carrega na anca o filho

embala o filho na anca e bate o pé no ladrilho.

DE: Mª LAURA MADEIRA

RUMORES DE MIM

Andam rumores de mim na Primavera

Rosas de sangue a divagar, serenas

Gotas de orvalho tímidas, pequenas,

tapetes de erva e trepadeiras de hera.

Andam rumores de mim na Primavera

Aromas soltos pela noite baça

Pétalas frias, folha que esvoaça

Licor de luz, rotinas de quimera ...

Asas verdes fremindo em cada arbusto

Raíz na terra funda e obstinada

Taça de seiva livre e derramada ...

E eu aqui ...entre o anelo e o susto

Olhando à minha volta inerte esfera

Oiço falar de mim na Primavera.

E, por último, FERNANDO FABIÃO

INÍCIO

Dos teus olhos vejo o mar

recolho a cinza dispersa das estrelas

o olhar desguarnecido das aves.

Sustento o mundo ao ritmo das tuas ondas

E a tua voz é um rio frágil

uma canção tão breve que só as aves conhecem.

Dos teus olhos vejo o mar...

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quarta-feira, 19 de março de 2008

Dia do pai


PAROUVELAR
À mesa sentada, meu parouvelar és tu.
No meu dia a dia, meu parouvelar és tu.
Preciso entender-te hoje e de repente
aqui e além comunico meu tremente
auxílio amistoso e anil parouvelar.
É noite! O celeste estelar nesta procura
requisita de mim perfeito conversar.
Em dois dedos lhe conto, parouvelando,
que te gosto, que te estimo, que te quero,
nem que seja menor aquele deus
que à vida me cedeu parouvelar.
Comunicando, deduzo até singelo
esse olhar de infinito parouvelar
falando, vivo presa em teu elo.

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domingo, 16 de março de 2008



E desmaiou o sol deste viver

num mau sentir cardíaco da vida

soprada e bombeada pelo querer anímico

que sou eu.

E desmaiou o sol

boca a boca lhe vão soprando vida

que demora a surgir

que permanece intacta neste desmaiar.

Aqui

CAGARRO NO MAR DOS AÇORES


É aqui que eu sonho meu bem querer
de limo e alga espuma e maresia
É aqui que vivo de expectativa
de saudade infinda de terra e mar
É aqui que respiro o sal do meu sofrer
embalo ondas beijo rochas
É aqui que satisfaço o meu viver
ouvindo uns olhando outros
É aqui que acerto quando jogo
que venço adversários que entristeço
É aqui que o tudo e o nada é um conjunto
de dúvidas e porquês de ti meu mar.

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sábado, 15 de março de 2008

Dia da Poesia

Antecipando o Dia da Poesia

Interiormente pareço um cacho. Cada bago uma ideia. Todos juntos um poema.

Um corte... Um mochicão... E vinho! Aquele de beber e sentir, o de festejar.

E vamos à festa, brindemos à vida ! Chim Chim ! Viva a poesia.!

Informação: O CCB tem um rico programa só sobre Poesia no próximo dia 22 desde as 10h da manhã até às 22h .

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É Sábado


É Sábado! E, como não existe sábado sem sol, cá está ele dando brilho às côres da Natureza. Já transmite um pouco mais de calor e, portanto, já colocou flores onde dantes apenas havia folhas; sentou gente nos bancos do jardim procurando um pouco de sombra, ( que dantes era sol); pintou de encanto os risos das crianças nos parques e jardins, ( que dantes era só casa); trouxe aves de países mais quentes e vai ajudá-las na criação; bebe-se um pouco de água fresca (que dantes era natural) numa esplanada onde (dantes era impensável); temos mais horas de dia (que dantes eram poucas) e apetece cumprimentar tudo dizendo:


BOM DIA!

Só porque é Sábado e há sol. Só porque brilha a manhã. Só porque riem as crianças. Só porque se não trabalha. Só porque apenas existe um sábado por semana e temos que o aproveitar à nossa maneira. Sejamos felizes com muito SOL .

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encasteladas nuvens


Abri os pulmões ao vento e consegui comunicar com os sentidos e com o pensamento. Parece-me que, assim, sou capaz de vencer um pouco, no caso de a ter, a tão incómoda solidão psicológica. Desta maneira, apenas estarei só se todas as minhas faculdades paralizarem. De há uns tempos para cá, tudo faço para que, intelectualmente, vá fragilizando o menos possível. Uma das causas porque preferi dedicar-me à Informática. Quando algo desconheço, peço ajuda e vou preenchendo assim tempos mortos que, para mim, são vivos. E porque gosto imenso de viver com alguma qualidade, procuro conservar a que tenho e adquirir, um pouco mais (se a isso puder ansiar). Porque aquisições psíquicas agora... eu prefiro dizer que são adaptações aos poucos que se desadquiriram.
E cá estou eu, falando com os sentidos e o pensamento. Imagino-o uma bola contínuamente rebolando. E, " não há machado que corte a raiz ao pensamento..." Mas, abri os pulmões ao vento, que pouco sinto, para refrescar e tentar dar a volta a um novo dia cheio de encasteladas nuvens com recortes de azul. Já pingalhou, mas quase nem se sentiu. Foram borrifos de imaginação.
E procuro actualidade na Net. Que já compro menos jornais. As revistas das fofocas em nada merecem a minha leitura. Que é difícil ler e há coisas que nem sequer merecem a minha vista, quanto mais leitura. Tenho que ir poupando os meus olhos e guardá-los para o que me puder enriquecer pessoalmente. Enquanto outros enriquecem poupando o vil metal, eu poupo os meus sentidos e funções psíquicas para poder ter sempre e cada vez mais, cultura geral. Não é visível, mas é notória em tudo. O saber não ocupa sítio e dá satisfação pessoal. O dinheiro ocupa e dá preocupações.
O conforto que desejei para esta altura da minha vida, passa também e muito pelo cultural.
Assim um pouco do meu perfil.

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sexta-feira, 14 de março de 2008

quando


quando o dia é noite e o céu em estrelas se esfarinha
quando a lua é barco e todo o resto mar
quem peneirou estrelas recheadas de luar ?
só vejo as grandes que as pequenas na peneira ficaram a crescer, a aumentar de luz
este sofrer que só se sente no luarinhar da vida que extasia, ou no melanciar fatia carnuda e doce de melancolia.

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beira mar


É à beira do mar que escrevo este poema
misto de salsa água cheiro a alfazema
É à beira do mar que visto uma açucena
que sofro minha pena, pena de pranto e choro
De saudade minha pena, vento soprado por ti
barco guiado por mim de sonho meu sistema
É à beira do mar que escrevo este poema
poema de mar e sal farol em cima gema
É à beira do mar que sinto esta beleza
onda rasgada por mim, saudade mar
poema.

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Para um Prof. amigo a quem devo todo este prazer e que é como um amor perfeito.
SONHO
Queria interpretar teu sonho na imensidão de uma noite que chega sempre e morre nunca.
Queria interpretar teu sonho no caminhar de um rosto
que timidamente aparece.
Queria interpretar teu sonho no olhar
que me mostraste ao acordares de manhã
Queria interpretar teu sonho ao ver-te no sono a sorrir.
Queria, queria, queria muito interpretar teu sonho.
Ver-te correr de alegria onde nos desafiamos loucamente
Ah ! Como eu queria interpretar teu sonho.

quinta-feira, 13 de março de 2008

escultura

MÃO DE AREIA
Há tempos, num breve passeio ao Algarve, deparei com uma enorme exposição escultural feita de areia. E era ver cada uma mais bonita e melhor trabalhada que a outra. Horas e horas de imaginação concretizada levaram os autores ao topo de grande beleza. Esta mão, não sendo a mais elaborada ou bonita dessas esculturas, falou comigo. Sabem porquê? É que há gente que não tem braços nem mãos, pinta lindamente com os pés e, pasmem, trata do seu filho bébé com todo o carinho e desvelo como se de outra se tratasse. E é vê-la dar-lhe banhinho, limpá-lo, pôr-lhe creme e talco, vesti-lo e arranjá-lo, tudo com os pés.
Porque quando se não tem cão, se caça com um gato, esta mulher prepara biberons e papas, deita e levanta o filho do berço e até o embala. E digam lá se precisa de braços e mãos! Fora do normal é quem trata estes seres como tal.

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terça-feira, 11 de março de 2008

Procriação


E é mais do mesmo. Reparo na ternura penugenta destes bicos abertos tão famintos de amor. Uma lagartinha é pouco para tantos. E a sua incansável mãe faz as viagens necessárias para fechar estes biquitos. E é duro, porque nem sempre o pai ajuda, outras vezes sim. E num ninho de lamas forrado a fôfo vive aquela que já é uma nova família. Têm pouco calor nos seus corpitos ainda muito nus, mas o calor dos peitos paternos são o melhor calorífero . Qualquer dia é vê-los treinar os voos que os pais lhes ensinaram. A tremura da 1ª aventura, o sucesso da vitória o milagre do crescer e do ser.
E continuo a dizer que é Primavera e que se torna a repetir o ciclo da vida.

Cisnes em paz









Ando numa de cisnes. Nem sei o que em mim se passa. Talvez a calmia das águas com estes visitantes tão elegantes me dêem aquela sensação de paz que preciso. E porque o seu viver me encanta e porque nos mostram um olhar altivo e vaidoso, ei-los sempre ao pé de mim. Pena serem mudos! A comunicação entre eles deve ser gira, pois deve ser quase sempre muito gestual. E de tal maneira comunicam que nunca vi nenhum alterado. São umas aves com muito bom viver. Exemplos para alguns humanos, que à mínima coisa não o parecem ser.



E falando em aves... olhem para estes (foto à direita) tão assanhados ! Aí a aceitação e disponibilidade foi perfeita. Também parecem ter bom viver. É Primavera, cheira a procriação, a ovos, a vida nova.

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segunda-feira, 10 de março de 2008

cisne na água

Que granda banhoca! Agradável e tudo. Sr. Cisne, sabia que é muito giro e vaidoso? Mas esse banho valeu-lhe este passeio. Boa! Seja bem vindo.



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Historinha


Saudades da minha infância
Momentos de bom prazer
Ouvindo lindas histórias
Cantando sempre a dizer.
Saudades da minha infância
Contos simples relatados
Na fraca voz de um velhinho
Na forte voz já cantados.
Saudades da minha infância
Fogo aceso da lareira
Enquanto a sopa se faz
Ouço conto antes da ceia.

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AMIZADE

Amizade é sentir o carinho demonstrado por um beijo ou uma carícia, um pouco de transmissão de calor manual, ou só uma lembrança.
Amizade é ouvir o chamado de um coração desejoso da ternura de um mimo oferecido por alguém.
Mas amizade não é saber o momento de estar calado. Na amizade, obrigatoriamente tem de existir oralidade. Também se faz amizade ouvindo com atenção aquele que esquece o momento de estar calado. Porque há gente com muita necessidade de falar.
Amizade é somar alegrias, rindo, folgando e mostrando alegria a quem alegre está . E somos felizes com a felicidade dos outros. Mas é tristeza se precisarmos de nos aliar a quem está triste. E dói muito quando a amizade existe.
Saber guardar segredos e respeitar, é amizade colorida, talvez azul.
A Amizade é também e muito solidariedade.
A Amizade não se entende, não sei, mas que se vive, vive e intensamente.

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domingo, 9 de março de 2008

Festa

Sob um som de cirenes do qual desconheço porquê, me sento, para respirar um pouco, o cheiro de relva acabada de aparar e outros frescos.
Sobre o relvado apetece chuto numa bola, porque não consigo evitar o ruído que tanto me incomoda e desejo enviar para bem longe.
Sob um céu pouco azul onde passeiam nuvens baixas e multicolores saboreio um chá fortinho e bem quente e vejo "relíquias automóveis" pertencentes a várias corporações de bombeiros.
Há festa portanto !
As Donas Elviras bombeiras vieram para o sol secar bolores e aquecer articulações. E são giras, giras, estas Srªs. .
Meu Deus! Como era o antigamente!
E abrem-lhes os capots para secarem humidades.
Os condutores (maduros) exibindo as suas condecorações, são vaidosos porque mostram ao povo tão lindos espécimes.
Acabei o chá, as cirenes foram-se, ficou então mais profundo o cheiro a relva fresca e doce. E pude escrever.

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sábado, 8 de março de 2008

Mulher



No Dia da Mulher 08.03.08

Ser Mulher

Ser mulher

é viver o dia a dia constante

é possuir um segredo oculto

é sorrir com vontade de chorar

é ser forte na fraqueza de um amor impossível

é chorar lágrimas de sangue

é ouvir o silêncio da solidão

é sentir nostalgias profundas

e morrer um pouco em cada instante.

Ser Mulher

é amar, é sofrer, é chorar

e compreender

que nem tudo o que se nos depara pode ser amor.

Ser Mulher

é não ter medo do que possa acontecer.

Ser mulher

é nunca desistir, é viver.

Ser mulher

é beijar com fé a sua cruz,

olhar o céu com esperança

e aguardar o dia de amanhã.

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Aung San Suu Kyi

No dia Internacional da MULHER Uma, Prémio Nobel da Paz


Eis a "DAMA DE BAMBU". Esta é a lider do principal partido de oposição na Birmânia, a Liga Nacional para a Democracia. Ela é uma espinha atravessada na garganta dos generais que comandam aquele país.
Aung San nasceu em Rangun a 19 do 6 de 45 . O pai, o general Aung San, foi o fundador do país. Treinado pelos japoneses, entraria na Birmânia à frente do exército em princípio de 1942. Em 1945, e mudando de opiniões ajudou os Britânicos contra a ocupação japonesa. Esse serviço foi-lhe fatal, porque lhe ceifou a vida em 1947, 6 meses antes da Birmânia declarar a independência. Tinha 32 anos e a filha apenas 2.
Aung San Suu Kyi estudou na Índia e no Reino Unido onde viveu algum tempo e onde em 1988 fundou o movimento de oposição Liga Nacional para a Democracia como protesto contra as violações dos direitos humanos e contra a brutal repressão da discordância da Birmânia e para lutar por reformas democráticas.
Em Abril de 1989 escapou por pouco a uma tentativa de assassinato por parte da unidade militar birmanesa. Em Julho do mesmo ano o regime militar determinou a prisão domiciliária da activista pró-democracia. Colocada sob a lei marcial, que possibilitava a sua detenção sem acusação formada nem julgamento por um período de 3 anos entrou, então em greve de fome para proteger os estudantes que haviam sido levados da sua casa para o Centro de Interrogação do Regime. Foi reconhecida como objectora de consciência pela Amnistia Internacional.
Apesar da sua detenção, a Liga Nacional para a Democracia obteve 82% dos votos nas eleições gerais. No entanto a Junta Militar recusou-se a reconhecer esse resultado.
Aung San Suu Kyi foi galardoada com os seguintes prémios:
1990 Prémio Rafto para os Direitos Humanos.
1991 Julho Prémio Sakharov
1991 Outubro Prémio Nobel da Paz Este prémio foi utilizado num fundo de saúde e educação para o povo birmanês, criado por Aung.
Com as alterações à lei marcial, Aung viu a sua pena adicionada de 1 ano mais. Foi posta em liberdade em Julho de 1995 nunca deixando de parte os seus ideais.
2000 Março Prémio Freedom of the City
Quando anunciou que sairia do país, teve como resposta e de novo, a prisão.
Ainda em 2000 foi reconhecida pelos E.U.A. e foi-lhe conferida Medalha Presidencial da Liberdade.
Em 2002 foi libertada da sua prisão domiciliária. Mas inconformada com a situação política do país e contando com todo o apoio do Ocidente, embora incompreendida pela Junta Militar, Aung tornou a ser presa em 2003 e recusa-se a sair de lá, enquanto houver na cadeia algum dos seus apoiantes.


Artº retirado da Internet e adaptado.


Para mim uma mulher digna deste dia.

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sexta-feira, 7 de março de 2008

ERRO

A QUEM AQUI CHEGAR


No meu blog aparece-me nas mensagens umas horas muito impróprias. A essas horas estou sempre a dormir.
Acho que se passa um erro, mas não o sei emendar.

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Com junquilhos, margaridas e a Primavera. Não acham?

mensagem


Palavras para quê? Nada há de mais verdadeiro.

Leilão


Esta lágrima está a ser leiloada.
A dona propôs-lhe uma base alta, porque acha que é um pouco de si. E por muito que o leiloeiro apregoe e faça a pergunta que se vê, ninguém faz proposta, nem ninguém estica o dedo.
Será desinteressante ? Será que tem valor incalculável ?
Embora o António Gedeão diga que é "água quase tudo e cloreto de sódio", esta é importantíssima, tem côr de cristal, não é de "negra" mas de branca e está farta de pertencer à proprietária. Assim, quase se houve o seu grito :
_ Quem me quer levar consigo? Ajudem-me! Não quero acabar num lenço de papel, nem mostrar tristeza !
E o leiloeiro baixa um pouco a fasquia, torna a pedir para a observarem e repete :
- Límpida, parece quase cristal, é viva e muito muito pura. Bom investimento, sem dúvida ! Quem a quer levar ? Sr.s, Srªs reparem no seu valor, amanhã não estará cá. Por favor licitem, vejam quanto vaterá a sua dôr.
E o dinheiro não compra tudo. E o dinheiro não retira a dôr que a lágrima sente, como sequência de grande tristeza. Só o humano demonstra, desta maneira, os seus desgostos, desilusões. tristezas...
E ninguém levou a lágrima, apesar dos gritos do leiloeiro. É que essa gota tem o valor de um sentimento e este sente-se na mente e no coração.

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Viagem

A utopia leva-nos, por vezes, a viagens promovidas pela "louca da casa", coisas que, nem sempre se sabem efectuar, tal a sua diversidade quer de transporte, ou estadia. Tudo porque só a utopia a compreende.
No acompanhante sem sentido, o que se vê muitas vezes, quase nem chega a ser um banal conhecimento, tal a utopia que se vive, porque queremos. A vontade é uma poderosa arma, contra a qual se pode fazer pouco combate.
Se indecisão, é certo que se opta muitas vezes pelo que não é melhor. E aí vem desilusão. E aí vem a vontade de desaparecer, porque a nossa vontade nos desiludiu.
Não vale a pena irritação ou vozearia. Atrás disso vem, com o tempo, a adaptação à contrariedade e consequente vivência. E continuamos... Até esquecermos essa e tornanmos a cair noutra.

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SENTIMENTO


Sorri!
Que eu bebo teu sorriso
Como um qualquer cálice de anis.

Sorri!
Que eu abraço o mundo
Como um qualquer ser vivo de raiz.

Sorri!
Que eu encho o teu ser
Como barril de vinho novo feliz.

Sorri !
À mãe natura
Que tudo te faz e diz.

… mas chora
Se a vida te for madrasta
Dizendo-te o que te mata.

Só assim farás verdade
Se no mundo ainda existir. Luísa

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quarta-feira, 5 de março de 2008







































De:







À terra deitou sementes . Água e adubo a fizeram crescer. Roxa, no verde da esperança a anémona falou através de um papel enviado cujo fim era o seu envio. A missão começava. O desconhecido … a barreira a ultrapassar. Deixou tudo pela missão de abrir olhos e mentes. Nos carris, quais campos rasgados pelo arado, o comboio gemia acompanhando o seu misto de tristeza / alegria. A serra ficava para trás até não sabia quando. O sol já pouco estival coava-se, ora incomodando ora sendo desejado. Sempre que isso acontecia, corria-se ou não a cortina que de sonhos e ilusões também era. A viagem era grande. Dava para tudo. Até para novos conhecimentos que se quisessem fazer. Era Setembro no fim. No fim de um princípio que se optou, mas rico de ignorâncias e inconsciências. Hora atrás de hora ia-se visualizando um destino indefinido que a pouco e pouco foi chegando. Com pouco mais de uma pequena malita, franzina ela, começaria a partir a pedra mais difícil da vida. Apeou e parou olhando em redor. Planícies a perder de vista, arrozais e o Tejo numa enorme largura com barcos nele. Casas baixas e pequenas, laranjais e fábricas. Onde seria o seu local de trabalho? Não se divisava. Mesmo olhando planície em redor. O edifício mais que conhecido não era visível. Pegando na tal anémona verde de esperança, certificou-se do nome da povoação. Estava certo, era ali. O silêncio gerado após a partida do comboio levou-a obrigatoriamente a ter que começar. Mas por onde? As dúvidas surgiam em catadupa e quase antes de aparecer a noção de uma, vêem muitas. Mas teria que se decidir e entrar em comunicação com alguém. De repente…
- Olhe, por favor, onde é a Escola?
- Ah! A Srª é a nova Professora? Está cá a fazer muita falta! Seja benvinda! Olhe, não temos edifício porque as últimas grandes cheias no lo levaram. Mas aquela fábrica de medicamentos cedeu uma sala grande que vai servindo enquanto outra não há. A Srª vá até lá.
Ofereceu-se para guardar a sua pequena malita, ensinou-lhe o caminho e ela foi, como ele lhe havia dito, até lá. Pelo caminho sentiu-se imensamente observada, ninguém a conhecia. Chegou à fábrica de medicamentos onde se situava a tal sala. Um guarda barra-lhe o caminho pedindo-lhe a identificação. Chama a Srª Profª em serviço. Crianças vêm às janelas e à porta. Apresentaram-se e pela 1ª vez entrou, acompanhada, no seu local de trabalho. Foram-lhe dadas a saber algumas informações importantes, assinou um Ofício de entrada em exercício e foi-se apresentar com esse papel, aos seus superiores hierárquicos. Após tal, a burocracia estava feita. Já lhe tinha sido destinada turma e horário, já conhecia as colegas de trabalho, já conhecia alguns superiores hierárquicos e até já era seu conhecido um segurança ou porteiro da fábrica. Começaria amanhã às tantas. Após tudo isto eram 18h e começava a escurecer. Foi buscar a malita e perguntar onde poderia pernoitar. Que aqui, não. Só se fosse… nem sei … Depois de muitos ses… lá a conseguiram enviar para casa da D. Felicidade em frente à Estação.
Senhora de 80s, muito reservada, lá lhe foi dizendo que, “… era só por uma noite…” e “…por ela ser senhora…”. Por uma noite lá se serviu de um quarto imensamente húmido e com visitas. Veio a saber mais tarde, que esse quarto teria tido água de cheia até ao tecto e por isso também, de vez em quando, a visita de uma baratita. Paciência! Era uma noite… Não havia outra solução… depressa se passaria. Durante o tempo que esteve na cama, pouco conseguiu conciliar o sono, primeiro com receio que alguma daquelas visitas de que já se falou, a viesse visitar à cama, segundo pelo ribombar de autênticos e enormes trovões que tudo estremeciam.
- Que seria aquilo? – pensava – O céu estava limpo, nada faria pensar em trovoada! Amanhã saberia.
E o amanhã chegou enevoado de humidade e de expectativa. Depois de um banho, arrumou as coisas, e foi procurar pequeno almoço. No dia anterior andara a meia barriga… e puxou conversa, pois estava sem sítio para ficar. Após a refeição, foram mostrar-lhe alguns aposentos, mas, entretanto, a D. Felicidade resolvera, não sei porquê, alugar-lhe o tal quarto das visitas. Por algum tempo, tinha saltado outra barreira e vencido mais uma dificuldade. Considerando cada conquista uma pétala de anémona, a corola estava quase completa. A corola … faltava tudo o resto.
Depois de arrumar o quarto e de pagar adiantado a verba mensal que iria incluir serventia de cozinha e WC, achou por bem começar a encher o armário que serviria de despensa, para que à noite já pudesse fazer jantar. E à tarde foi conhecer o seu material de trabalho.
Humano como devem calcular. Mas muito pequeno ainda, muito necessitado até de algum carinho, enfim. Tomou, então, contacto com os primeiros problemas sociais. Alguma (muita) falta de higiene, deficiente alimentação, proveniências alcoólicas e tabágicas, falta de habitação condigna ( vivência em pequenas embarcações ancoradas no rio) e muita pediculose. Estes alguns dos estames da anémona cheinhos de pólen, a rodearem o seu olho de vida e a pedirem socorro a um mundo que teimava em não os conhecer . Estendeu os braços de tal maneira que conseguiu abraçar 42 corpos famintos de luz e de colorido da vida. A sua aceitação foi bálsamo caído no sofrimento da necessidade mútua. Esse dia tivemos que nos conhecer. Primeiro pelos nomes e depois a pouco e pouco, pelos sentidos e afectos. A conversa era muito atendida, já que tudo quanto se lhes pedia era feito, com maior ou menor vontade, mas era.
Um dia convenceu uma aluna da necessidade de se lavar e mudar de roupa. E foi-se lavar ao rio. Pois era a sua banheira, também vestiu roupa lavada, mas esta estava dentro do barco pequeno onde cozinhavam a petróleo, onde guardavam alguma fataça pescada e outros alimentos, onde dormiam todos juntos num pedaço de chão menos cheio e o objectivo gorou-se. Veio lavada, mas não bem cheirosa. Cheia de alegria veio-lhe contar que tinha cumprido com o prometido e pediu a recompensa – um beijo.
Entretanto iam – se abrindo aquelas mentes, umas com mais dificuldades que outras. Foi fazendo grupinhos, foi estabelecendo relações diferentes para melhor, do que as que se pressentiam em algumas famílias, foi ganhando aquele pólen estaminal que um dia a abelha iria levar para mais além..
Assim decorria o ano de … já nem se lembrava, mas decorria.
Um dia convidaram-na para uma festa . Achou que não devia recusar e lá foi. Primeiro a festa religiosa. Depois o almoço. Já não se lembrava da ementa, mas lembrava-se, isso sim, de ter visto na salada do seu prato uma lagartinha passeando. Que fazer ? Matá-la, não podia … e decidiu tapá-la com uma folhita da mesma alface. Mas, à lagartita não lhe apetecia estar tapada nem quieta, e a ela não lhe apetecia comer mais. Então lembrou-se de guardar a lagartita até lhe tirarem o prato.
- Não gostou ? – perguntaram – Que sim mas estava satisfeita.
O sol brilhava aquecendo tão bela Primavera. Cada vez mais cintilavam as laranjas nos seus castelos verdes negro. Flores abriam corolas de beleza. Os jardins davam um ar da sua graça.
Um dia, há sempre um dia … ao chegar ao trabalho, viu aparecer na sua frente um braço carregado de amor com um junquilho.
- É para si!
O sorriso primaveril dessa flor iluminou o mundo em redor. No seu obrigada, no seu agradecimento, houve rostos ferventes daquele afecto que, às vezes, nos esquecemos de transmitir .

segunda-feira, 3 de março de 2008

Quadro a óleo



Aqui está um, apenas um dos quadros de João Mário. De seu nome "RUA DE S. PEDRO" em Alenquer. É um óleo de 41x28.

Os seus trabalhos são de arte figurativa naturalista e no seu espaço/museu, realizam-se uma vez por mês, colóquios, simpósios, cursos, conferências, concertos, recitais e palestras.

Visitem-no logo que possam.

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Alenquer

O tempo chamava a sair. Em Alenquer sabia que actuavam pessoas conhecidas na Casa Museu João Mário. Já algumas vezes visitei aquilo a que eu chamo "Galeria de arte" e que a maioria chama de Museu. Aqui têm um pouco da sua entrada. Um miminho ali a um canto de uma rua mais bêco que rua, por não ter saída.
Ali, escondidinha de gentes, mas muito conhecida de muitos, está uma beleza com B grande. É seu proprietário e autor, o artista João Mário de Oliveira. Aí tem o seu atelier, aí recebe os seus amigos e conhecidos, aí vivemos o muito belo em pintura e escultura. Nos 1ºs domingos de cada mês, convida todos, abre as portas ao público, convida gente do espectáculo e oferece-o a toda a gente, claro que gratuitamente.
No domingo, levou lá " OS VINDIMEIROS" de Aldeia Gavinha, com os seus trajes típicos, as suas canções populares como que manta de retalhos percorrendo o país. Com os seus cavaquinhos, ferrinhos, acordeão, bombo, violas e matracas, as vozes ecoavam bem frescas e afinadas. Gostei e dar-lhes-ia nota 20. No intervalo, foi oferecido aos presentes "bolos de ferradura ou de casamento", como também são chamados e vinho abafado. Foi uma tarde de boa disposição estremenha. Mas voltando ao Museu, presenciei belos quadros pintados do autor e dos seus amigos e até reparei nos 1ºs desenhos feitos pelo autor com 5,6, 7 anitos.
Gostei muito de lá ir, como gosto sempre e convido todos a um passeio até ao centro da cidade de Alenquer, nos 1ºs domingos do mês, para se maravilharem com tal beleza.
Quis convidar o Mestre para companhia, mas não foi possível.

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