quarta-feira, 30 de abril de 2008

VIVA A VIDA

Loura, viva, sobe espumosa no local
onde lábios humanos a irão beijar
num dessedentar que é único sentido
de quem procura alívio e nela entrega sedução e

percorrendo gargantas ansiosas de vida
entregando bigodes marcantes e cuscos
bebo cerveja na esplanada servida
por seres de comunicações amistosas
ou perenes de uma satisfação concluída.

Um último gole e o alívio é supremo
sentimento pleno de fresquidão
momentânea e sorvo num gesto
de quem mostra saciação no sôfrego.

Loura, viva, pura, desce nas gargantas
dessedentando o Mundo.

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O TEMPO

O TEMPO

O tempo, esta máquina que ora foge
ora domina, cúpula que gira sem
descanso mas que cansa, o tempo

que se mede e se não mede que nos
incendeia. O tempo que pára quando
quer e continua a seu jeito - o tempo

é candeia de azeite, luz de petróleo
intensidade intensa de energia
que nos adormece e cála, que nos

agita e acorda. O tempo, o tempo dorme
quiando o luar é prata ou ouro do
mais puro castiçal. O tempo ... o tempo é

a vida que descubro neste mar e céu
terra, ar e maresia.

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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Cucos ao vento




Presenciando cucos


Vagueando pelo campo senti a Primavera num bico de cuco. Com esta idade já não pude falar com ele como fazia em adolescente. Nessa altura, ao ouvi-lo, dizia-lhe assim:

_ " Ó cuco lá da ribeira, quantos anos me dás de solteira? " E contava a quantidade de sons que ele exprimia, revertendo-os em solteirisse. E não é que ele acertou! Cansada de tanto cu cu contar, abandonava a resposta ... pois solteira para aqui fiquei.

Nunca, no entanto o tinha visto. Não o conhecia de vista, só de som, mas vi-o hoje, lindo, tal qual a foto da esquerda no lo mostra. Aparece para nos lembrar que está melhor o tempo, há mais luminosidade e as fêmeas puxam à gestação. Não precisam, porém, de procurar casa; há sempre quem a tenha já feita e se ainda não tiver habitantes pequenos, fácil é desalojar os grandes. Vivem nas matas, em ramos bem altos, mas nascem já um pouco desonestos, ou preguiçosos. Como pais são estremosos e vestem de cetim os filhos, para que se pareçam com eles.

Mais um quadro da Natureza, cada vez mais inexplicável.

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PRAGA




PRAGA

Em 3 dias e 2 noites soube-me bem percorrer um pouco das ruas de Praga. Cheias de História, visitei alguns monumentos, como esse castelo com que ladeei esta crónica. Só como nota, aí viveram refugiados a nossa Zlata e Franz Kafka.
Do Hotel, observei esta ponte que se chama CHARLES BRIDGE em honra do Imperador Charles IV, pois foi construída durante o seu reinado, pelo arquitecto Petr Parlé em 1357 (começo). Aliás o mesmo arquitecto construiu também St. Vitus Cathedral e o próprio castelo de Praga.
Na Cultura esta cidade é um espanto. Apenas friso um escritor ainda vivo Jiri Stranski um dissidente que relata num dos seus livros a célebre Primavera de Praga. Em relação a música, a própria cidade é música por todo o lado. Na Praça da Cidade Velha, ouvi um concerto; eram árias musicais de Antonin Dvoräk e Bedrich Smetana.
Não vi sol nem chuva, e tive saudades da luminosidade do nosso Portugal. Foi bom.

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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dia Mundial do Livro

Registo aqui apenas a capa de um livro. Para mim todos os dias são óptimos para ler livros em suporte de papel. Poderia nomear aqui apenas um dos que mais gosto, mas não consigo fazê-lo, por gostar muito de todos.
Nicholas Sparks é um escritor muito romântico e os seus livros são óptimos para curar depressões. Tudo decorre em ambientes doces e calmos, com carinhos à mistura.
Gosto muito dele e daquilo que ele escreve, porque sou muito lamechas.

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O Dia da Terra

Ontem o meu blog fez-me uma partida. Não me deixou carregar esta imagem. Não conhecendo razão para tal, resolvi não lhe ligar, mas também nada escrevi.
Aqui têm o nosso planeta azul de espanto e habitáculo de milhões. Gira e rebola sem darmos conta, tudo nos dá sem nada pedirmos. Alguns de nós acham-na mal tratada ... mas, no meu pobre entender, como será possível viver nela tanta gente e ela continuar virgem? Penso muito nisto, mas não chego a nenhuma conclusão. Aceito as sugestões dos outros, separo os lixos, utilizo os ecopontos e até os pilhómetros e sempre que posso poupo água. Gosto muito dela e não queria mesmo nada senti-la doente; mas às vezes dou conta de rios castanhos, de florestas a arder e por aí a fora. Está na mão de todos conservá-la saudável.

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sexta-feira, 18 de abril de 2008

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios


Património Religioso e Espaços Sagrados
Num dia de muitos aguaceiros aproveitei um presente da nosso Museu e fui dar uma espreitadela aos sítios onde, mais antes que hoje, viveram alguns consagrados. Foi o caso do Convento de Sto António do Varatojo, onde um frade vestido a rigor nos contou algumas histórias ligadas ao edifício. Os seus claustros, as celas, mas principalmente as suas igrejas e sacristias ricas de talha dourada e azulejaria. Digno de se ver.
De caminho, fui para Sta Cruz onde, do autocarro, nos foram apresentadas as ruínas(muito ruínas mesmo) do Convento de Penafirme-
Almoçámos depois, e falo agora no plural, porque fui com o "teacher". Um privilégio!
Guardámos a tarde para se visitar o Convento do Barro, já muito transformado. Aí tivemos como guia o nosso Padre José Manuel. Um doce !
Acabámos o dia no Convento da Graça. Um pouco mais conhecido que os anteriores, mas mesmo assim, foi boa a chamada de atenção que nos foi feita, porque se não for assim, nem se repara em muita coisa. Registei assim o meu dia. Falta a parte da História que ouvi mas não retive, bem como a parte da História de Arte que também não fixei.
Por fim e à despedida, tive um abraço saboroso e quentinho.

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quarta-feira, 16 de abril de 2008

A Voz





Dia Mundial da Voz
Passa hoje mais um Dia Mundial da Voz. No passado fim de semana fui a um espectáculo na Aula Magna, ouvir bons conselhos de bons otorrinos e boas canções de bons intérpretes.
Uma das profissões que mais sofre com a voz é, sem dúvida o Professor. Porque ninguém lhe ensinou a colocá-la, porque tinha turmas de 48 e 50 alunos e era preciso ser ouvido, etc., etc., etc..
Sendo o Homem o único ser humano com possibilidade de comunicação oral, o mesmo Homem estima muito pouco a sua voz. Os velhos hábitos de fumar e beber, os esforços vocais que fazemos e aos quais não somos capazes de fugir, são contínuos malefícios para a nossa voz. E há vozes que permanecem sempre nos nossos ouvidos - Pavarotti, Mª Callas ou Luísa Tody e outros, foram o supra sumo do bel canto. Com certeza estimaram e trataram da sua voz como ninguém.
Bocelli é ainda hoje o meu perfeito ídolo clássico, muito embora ouça com prazer Carreras, Plácido Domingo e a nossa tão querida Helena Vieira.
Mas a voz nem sempre serve para cantar. Serve, principalmente, para comunicar, para sentirmos a alegria de um convívio são e amistoso. Serve para rirmos e gargalharmos, coisa única dos humanos. Não sei se não serão estas coisas concedidas apenas ao Homem, a nossa alma. Já que os animais não a têm, mas também não falam, nem riem. Mais uma dúvida a acrescentar a tantas...
E, se gostam da vossa voz, estimem-na, porque é uma maravilha da criação.

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domingo, 13 de abril de 2008

Ribatejo







Saí de casa cedo para inaugurar a auto estrada que, da Arruda dos Vinhos, nos leva ao Ribatejo. Sempre, mas principalmente nesta altura, o Ribatejo é de um verde fresco que enche as almas.

Os arrozais, as plantações de cenouras, batatas, cebolas, etc., até aos laranjais e limoeiros em flor, grandes extensões de meloais, os flamingos na procura de subsistência e as altivas cegonhas com ninhos a cem pés de altura e a artesanal pesca no rio, de onde vem algum sável ou fataça. Veio-me à ideia o meu 1º ano de trabalho, no concelho de Vila Franca de Xira, numa pequenina povoação ( hoje enorme) Vala do Carregado que estava situada rés vés ao rio Tejo. Algumas vezes fui em passeio ao cais e observei certas espécies piscículas aos saltos, como que a virem visitar os humanos. Hoje esta povoação quase se desconhece, tal o seu tamanho e progresso. Mas continuando a falar no dia de ontem...
Desta vez não vi folclore nem cantares ribatejanos, mas vi lindos cavalos e touros em belas pastagens.
Só me faltou um fandango.
Fui jantar a Samora Correia ao Restaurante O Porto. Comi um típico prato de açorda de ovas com sável frito, bem regado.
A todos convido a fazerem esta viagem e desfrutar das maravilhosas paisagens da lezíria acompanhada das belezas desta nova auto estrada.


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Pregada

Estou pregada com tamanha catadupa de ideias que, hoje, surgem no meu espírito. Numa das nossas tão belas ilhas dos Açores, dir-se-ia que esta mistura ideológica, era "tal cal traçada" ! Aqui, talvez miscelânia de um espírito aberto, ou ânsia de infinito.
E é mesmo na ânsia de infinito que a louca da casa alimenta sonhos. Amarelos,verdes, azuis ou rosa a imaginação à solta é uma propriedade riquíssima para quem quiser dar azo à sua vontade. Dói tanto quando no la prendem!
E prossigo nesta minha exacta medida das coisas. Nem sei se aborreço.
Vou pelo sonho em busca de uma auto estrada da vida onde possa acelerar a mais de 120 Km/h, para o tal infinito que continua inatingível.
Vou pelo sonho em busca de um bouquet rico de rosas de Janeiro, qual sociedade rica de valores e sentimentos.
Vou pelo sonho em busca de esperança verde fresca, onde possa respirar ternura que desconheço.
Vou pelo sonho em busca de um sol poente que abrase joio de uma seara de sal e mar.
Vou pelo sonho em busca de alguém com quem possa repartir a minha carcaça estaladiça e sêca sem conduto.
Vou pelo sonho em busca de quem eu compreenda e me compreenda em todas as atitudes que tomo e que vejo tomar em relação a mim.
Vou pelo sonho em busca de quem seja capaz de me convencer a viver na sociedade de hoje.
E vou pela utopia, pelo sonho, pela poesia, pelo olhar de uma criança ou de um idoso, mas pelo sonho...
para ver maravilhar
para sentir acariciar
para ternura colher como quem colhe um fruto
para beber magia
e assim ... alimentar a vida num caldo que, cada vez mais, se torna insípido.
E CONTINUO SONHANDO...

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sábado, 12 de abril de 2008

Vento

o sibilar do vento entre acácias
o aroma do mar em sol de estio
um sulco de rio prolongado
em rosto de poema

entre o vento o alicerce e a chama da vida

a face lunar entre credos
o recheio do outro em fofo lar
um sulco de afecto enternecido
em rosto de poema

entre os muros e as pontes e a chama da vida...

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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Hoje

Hoje desejei o tudo e o nada, o agora e o logo em concha manual
Hoje o meu desejo é o maior, é o abraço de braços longos, é o beijar de lábios curtos
Hoje o meu sentir é antibiótico, hoje desejei curar a fúria humana que cerra fileiras e investe em mil
Hoje o meu sentir é alfageme,
Hoje desejei esgrimir com imprensa de ódios, revolta que sepulto em mim.
Hoje imponho vontade ... vomito vulgo
Não quero, não quero, não quero, pronto!

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Semelhante



TEXTO EXTRAÍDO DA ANTOLOGIA TEMPERA(MENTAL) de ANGELINO PEREIRA

Angelino Pereira é um amigo literário que, apenas encontro de vez em quando, por vivermos bastante longe um do outro. Este texto quase parece meu, tal a semelhança com certas actuações que tenho tomado na vida. Com a devida permissão, aqui fica registado para meu contentamento.
Publico crónicas e pensamentos em jornais!
Escrevo nos livros a minha história, a minha ilusão, a minha aventura ou imaginação!
Dou de mim tudo o que sou! mas dou!
Dou ao mundo a minha vontade de vencer! O meu querer!
Exponho o meu pensamento! Sujeito-me à crítica de quem ou não tem sensibilidade!
Mas dou a cara a tudo e sempre que sinto a injustiça, falo!
Observo o mundo que nos rodeia, o nosso habitat! A desilusão do Criador. A morte lenta, mas certa, de quem não sabe preservar o seu direito à vida!
Mas, as tempestades de ventos gerados, por quem desrespeita as regras da Natureza, põe em risco também os inocentes! E eu não posso ficar calado!
Vejo a miséria que me revolta, sinto a ganância que me choca!
Sou uma insignificância de gente, no meio de gente que não presta!
Há poucos mártires no mundo que sofrem na dor do semelhante!
Alguém pergunta, se um número tão reduzido tem voz no meio de tanta desumanização?
Há ideias que se batem até à morte por princípios em que acreditam e morrem na glória!
Eu não sei por quanto tempo o mundo vai continuar a praticar tanta injustiça:
A morte de tantos inocentes, as lágrimas de choro tão dorido das nossas crianças, os milhões de estropiados físicos e de haveres, há muito fizeram a ira do Criador!
Quero ser igual todos os dias, para que saibam quem sou!
Por tudo isto dou, aos que sofrem as injustiças daqueles que ainda não entenderam que o mundo vai ter que mudar, porque ninguém conseguirá a felicidade enquanto produzir a tristeza no seu semelhante!
Principalmente ... para as grandes vítimas dos nossos erros, dedico as minhas palavras de esperança: UM MUNDO MELHOR VIRÁ.

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terça-feira, 8 de abril de 2008

O PIANO Filme

Como disse já cá voltei. Já vi o filme e apesar de não ser muito do meu agrado, consegui vê-lo até ao fim.
O PIANO retrata a sofrida vida de uma mulher muda desde os 6 anos e que vai viver para a Nova Zelândia. Acompanhada da filha, Ada McGrath conhece o seu futuro marido, Alisdair Stewart, com quem pouco simpatiza. Para piorar a situação, o marido recusa levar-lhe o seu piano, sua maior paixão. Porém o administrador, Georges Baines, interessado nela,resolve adquirir o instrumento, com a condição de ela o ensinar a tocar. E assim foi...
Só que, com o tempo, as lições começam a tornar-se encontros sexuais e os dois acabam por descobrir o verdadeiro amor.
Com vários prémios e óscares O Piano é considerado um drama fácil de ver.

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O PIANO





O PIANO



Fui buscar este filme ao Vídeo Clube. Ainda o não vi. De vez em quando ando numa de filmes. Talvez o tempo enevoado me faça este apetite. Se muitas vezes falo deles no "estouaqui", é com o objectivo de chamar a atenção a quem os não tenha visto ainda. Muito embora gostos não se discutam... Comentar, realmente só depois. Mas hei-de fazê-lo.

Esta mensagem só serve para uma chamada de atenção pois apenas mostro um pouco de chamariz fotográfico.
Cá voltarei.

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Aonde nos leva a imaginação ?

À PROCURA DA TERRA DO NUNCA

Quando de vez em quando me apetece, passo pelo Clube de Vídeo, procuro um DVD e trago-o para casa. No conforto do sofá, na quietude do lar, faço ambiente e vejo com todo o brilho e som que o meu Home Cinema me oferece um filme.

Encontrei, desta vez, o À PROCURA DA TERRA DO NUNCA, uma história que ganhou 7 nomeações para óscar da Academia. Trata-se de um escritor de teatro que não conseguia ter sucesso com o que fazia. Frustrado e muito incompreendido, procurou refúgio num jardim onde brincavam algumas crianças. E, observando-as, James Mathew Berrie viu-se de repente entrelaçado numa emocionante história inspirada em acontecimentos da sua vida.

Após o insucesso da sua última peça, com uma vida amorosa algo deprimente, torna-se acompanhante de uma viúva solitária e pai substituto das suas 4 crianças.

Na companhia dessa nova família, Barrie encontrou a inspiração para ficcionar o célebre herói Peter Pan protagonizado pela criança mais nova, cheia de um talento ignorado até ali.

À PROCURA DA TERRA DO NUNCA é um filme que consegue prender a atenção de todos, do princípio até ao fim. As óptimas actuações dos personagens fazem com que cada um de nós se julgue o principal. Seremos ? Fica a pergunta no ar...

A considerar.

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quinta-feira, 3 de abril de 2008

Mundo

Vou pelo mundo
dizendo ao mundo que o mundo é qualquer coisa sem fundo
é um mistério imundo onde nos vemos sem querer
e vou pelo mundo
dizendo ao mundo que o mundo é qualquer coisa profunda
é maravilha que fundo onde me vejo e minto
e vou pelo mundo
dizendo ao mundo que o mundo sem fundo finge que é mundo imundo
e no sem fundo do mundo há maravilhas com fundo
calando mistério imundo sofrendo bem lá no fundo
a vida deste profundo.

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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sintra


Parque da Pena
O Palácio e o Parque foram idealizados e concretizados como um todo. Do Palácio, o visitante avista um manto de arvoredo que ocupa mais de 200 ha, constituindo assim o Parque da Pena. Este tem percursos e passeios lindíssimos, com inúmeras construções de jardins lá existentes.
São pontes e grutas, bancos de jardim, pérgulas e fontes. Pequenas casas onde se alojavam guardas e demais criadagem. Estufas e viveiros com camélias, rododendros, rosas de cepas invulgares e muito raras. Esculturas como o guerreiro que se avista do Palácio, como a querer dizer que está ali para o proteger e guardar. Os lagos próximos da saída para o Castelo dos Mouros são igualmente pitorescos e aprazíveis, envolvidos por um imenso tubo de fetos arbóreos.
Todo o Parque da Pena é hoje considerado o Parque da Europa, com o mais rico e invulgar conjunto de espécies arbóreas, já inexistentes nos outros países e continentes donde são originárias.
Que bom é passear neste Parque!
Da minha casa da praia com tempo limpo e sem neblina, vejo este Palácio e as 3 torres do Convento de Mafra onde por vezes vou ouvir concertos de carrilhão. Um espanto!

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terça-feira, 1 de abril de 2008

descerei

descerei meu espírito ao fundo em jeito irregular de ser quem sou
interior desfeito e oco sem presença, ao limite irei em segurança vou e

descerei a alma até aqui onde o tudo e o nada o sim e o não são nim
no fundo da bruma um nome risco de ilusão sentida de verdade em mim

descerei ao fundo e ver-te-ei na chama viva na dádiva de um consolo
naquele abraço vivido de saudade no cumprimento que parece tolo

e descerei p'ra me encontrar contigo naquele abismo que limite julgo
e penso vida e sonho além na ponta da escrita que entendo vulgo

e descerei ...

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idílio

o sorriso da ave na plenitude do canto marmóreo e morno
o leve da pena no trinado riscado de azul

o pensamento, o cadente sideral, o silêncio e o verde valado ...

no pintar da tarde prolongo o eu acácia pendente
cedro de paz sorriso de gesto num morro aceso.

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